Durante piracema, pesqueiros são opções para quem não vive sem a pesca

Aos amantes de pesca, um recado importante: a partir desta terça-feira (5), a pesca em todos os rios que cortam o território de Mato Grosso do Sul está proibida. Começou o tempo de defeso para a proteção da piracema, o período reprodutivo da maioria das espécies de peixes das duas bacias que cortam o Estado […]

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(Foto: Divulgação PMA)
(Foto: Divulgação PMA)

Aos amantes de pesca, um recado importante: a partir desta terça-feira (5), a pesca em todos os rios que cortam o território de Mato Grosso do Sul está proibida. Começou o tempo de defeso para a proteção da piracema, o período reprodutivo da maioria das espécies de peixes das duas bacias que cortam o Estado (Paraná e Paraguai). O defeso se estende até o dia 28 de fevereiro de 2020, quando estará em vigor a Cota Zero. Para quem curte a prática, os lagos das usinas do rio Paraná estarão disponíveis, mas também há outras opções.

Durante a Piracema, haverá apenas a pesca de subsistência e a científica, devidamente autorizada. Para quem gosta de pescar por hobby ou esporte também há uma opção. Os peixes exóticos e não nativos nos lagos das Usinas do rio Paraná estarão livres para pesca.

Durante piracema, pesqueiros são opções para quem não vive sem a pesca
Gustavo (dir,) é amante da pesca e faz a pratica esportiva. (Foto: Arquivo Pessoal)

Gustavo Paiva pratica a pesca esportiva há mais de 10 anos. De acordo com ele, além dos lagos das usinas, nessa época do ano vários outros estados vizinhos abrem para a pesca esportiva e também há os pesqueiros como opção mais próxima.

“Aqui temos o pesqueiro Nippon, Bonança e vários outros, além disso em Goiás e Minas Gerais também há espaços abertos à prática. No Amazonas nesses últimos meses do ano tem uma alta temporada exclusiva para pesca. A sugestão para quem quer continuar praticando é buscar esses outros lugares para não ser penalizado por estar em locais proibidos”, afirma.

Os pesqueiros funcionam de forma simples: pesca esportiva, onde a pessoa captura o peixe, mas o devolve ao rio, e o pesque e pague, em que o cliente pode comprar o peixe após capturá-lo. Como acontece no pesqueiro Marajoara Pesque & Pague, no Jardim Campo Nobre em Campo Grande onde é possível pescar o peixe Pacu e compra-lo após a pescaria por R$ 17 o quilo.

“O movimento melhora, tem muita gente que é fanática e vem no pesque e pague”, disse o proprietário do pesqueiro Jader Lopes, de 35 anos. Ele afirma que nos finais de semana, o movimento costuma ser melhor.

Embora a época da Piracema tenha começado nesta terça, segundo Jader, não é possível sentir uma crescida no movimento porque ainda está recente a proibição. Entretanto, o proprietário acredita que a procura nos pesqueiros aumente em pelo menos 40%.

Além de ser apaixonado pela pesca, Gustavo também abriu uma empresa no ramo de pescaria e conta que nessa época da piracema, há  queda de até 70% nas vendas, que dura até janeiro, pois em fevereiro já abre as práticas esportivas e o movimento volta a subir.

Fiscalização dos rios

O tenente coronel Edmilson Queiroz, informou que a PMA (Polícia Militar Ambiental) estará monitorando os cardumes, principalmente nos pontos em que estão mais vulneráveis à pesca predatória, como cachoeiras e corredeiras onde haverá instalação de postos avançados com policiais 24 horas. A intenção é manter os peixes vivos nos rios para que possam se reproduzir e manter os estoques pesqueiros.

“Em algumas cachoeiras e corredeiras, nas quais não terão policiais fixos, a PMA colocará constantemente policiais do setor de inteligência a paisana, no sentido de identificar e prender os que se arriscarem a praticar a pesca nesses locais e nesse período, visto que algumas pessoas que residem nas proximidades desses locais, arrisca-se à prática da pesca ilegal e ainda com petrechos ilegais de malha. A pesca a menos de 200 metros a montante e a jusante de cachoeiras e corredeiras é proibida, mesmo fora do período de defeso (piracema)”, explica o tenente.

Drones também serão usados para acompanhar os cardumes, evitar pesca e identificar pescadores ilegais e embarcações utilizadas. Mesmo se o pescador conseguir fugir do local, após ser identificado irá responder pelo crime ambiental. Quem comete a pesca ilegal está sujeito a penalidades como:apreensões de materiais utilizados, prisões e multas administrativas.

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