A defensora pública Mariza Fátima Gonçalves disse nesta sexta-feira (13) que a intervenção da Funsaud (Fundação de Serviços de Saúde de ), iniciada em junho e que termina agora, “não chegou a lugar nenhum e não passou de um faz de conta.Na realidade, foram seis meses de tempo perdido”, desabafou a defensora, durante a última reunião de prestação de contas realizada no Plenário da Câmara Municipal.

Segundo a defensora , na verdade os problemas continuam os mesmos. “Está faltando carne há mais de 10 dias. Ontem mesmo nós flagramos alguns pacientes do  que estavam se alimentando apenas com sopa de macarrão e abóbora.Foi cortado inclusive o lanche da manhã porque não tinham frutas e no final da tarde eles estão passando porque não tinham fornecido quatro bolacha água e sal com chá”.

Na avaliação da defensora, tudo que está acontecendo comove e leva a crer que “realmente foi uma pseudo intervenção, uma vez que as coisas até pioraram, já que os interventores “foram todos nomeados antes  pelo Executivo, continuam as mesmas pessoas, que continuam fazendo da mesma forma”.

No entendimento da defensora pública, não foi feito um reescalonamento  de quadro e nem foi feito um enxugamento de gastos e nem repactuação de contratos para se gerir forma que tenha verbas. “Não vi que foi alcançada finalidade nenhuma. A partir de agora vamos estudar uma  forma de  poder  dar continuidade e realmente proteger a população”.

Uma força tarefa de iniciativa do Ministério Público Estadual, Defensoria Pública, Comissão de Saúde da OAB e com apoio da Comissão de Saúde e da da Câmara, tem buscado um “diagnóstico” e alternativas para a melhora do setor, mas até agora não obteve respostas concretas com a coordenação da intervenção.

Presentes na reunião, os representantes da Funsaud e também a secretária municipal de Saúde, Berenice de Oliveira Machado de Souza não conseguiram convencer os representantes da força tarefa. Durante as explicações constantementes interrompidos por questionamentos que ficaram sem repostas.