Mesmo com redução de 54%, Corumbá lidera em queimadas no Centro-Oeste
O município de Corumbá, localizado à 431km de Campo Grande, possui o maior número de focos de incêndio da região Centro-Oeste, segundo dados do Programa de Queimadas do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). Os dados são referentes ao último final de semana, 19 e 20 de outubro, que totalizam 34 focos na cidade, 54% […]
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O município de Corumbá, localizado à 431km de Campo Grande, possui o maior número de focos de incêndio da região Centro-Oeste, segundo dados do Programa de Queimadas do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). Os dados são referentes ao último final de semana, 19 e 20 de outubro, que totalizam 34 focos na cidade, 54% menor que o final de semana anterior. Este número de queimadas representa 20,2% do total, nas datas citadas, em todo o Centro-Oeste.
Nos dias 12 e 13 do mesmo mês, foram registrados 74 queimadas em Corumbá. O valor é 352% maior que o segundo colocado no ranking do Inpe, Porto Murtinho, município também sul-mato-grossense que tinha 21 focos de incêndio, no mesmo período.
O Sargento André Marti, do Corpo de Bombeiros de Corumbá, afirma que o tempo chuvoso é um dos influenciadores para a diminuição dos focos de incêndio. “Essas chuvas dos últimos quinze dias ajudaram bastante, mas ainda existem pequenos focos aqui na área urbana. Ontem mesmo tiveram dois incêndios na área urbana, mas geralmente esses são de pequenas proporções”, afirma.
Altos índices
O Sargento explica que grande parte dos incêndios em áreas rurais são provocados em pequenas proporções, mas o fogo se espalha e atinge áreas maiores. “Esses dias nós fizemos um resgate na região de Taquari, e lá constatamos que a área queimada era para como dizem ‘limpar o pasto’, mas esse fogo acaba se alastrando”, conta.
“É a vegetação, o tamanho territorial dele, uma grande área de território, e uma grande área desabitada”, explica Marti sobre outros fatores dos altos índices de queimadas. No município a cobertura vegetal predominante é o cerrado, mas também são encontradas áreas de caatinga e floresta amazônica.
Sobre as detecções das queimadas, Marti diz que o Inpe registra apenas os focos em áreas distantes do perímetro urbano. “O foco que, às vezes, está lá na serra do amolar não é detectada por nós, mas é detectada pelo Inpe”, admite.
O Sargento também destaca a dificuldade em combater as queimadas em áreas rurais. “Para se chegar nessa área é quase impossível, o acesso terrestre é quase impossível. Deve-se chegar via rio, mas o acesso a essas morrarias é quase impossível”.
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