Segue até sexta-feira (18), na Capital, o simpósio com atividades do projeto ‘Atuação em rede: capacitação dos atores envolvidos no acolhimento, na integração e na interiorização de refugiados e migrantes do Brasil'.

Durante a abertura, na última quarta-feira (16), em , o (Ministério Público Federal de Mato Grosso do Sul) destacou que o Brasil tem uma legislação avançada no que se refere ao acolhimento de refugiados e migrantes.

De acordo com o procurador da república em Dourados, Marco Antônio Delfino de Almeida, é necessário refletir sobre as peculiaridades do País. “Precisamos refletir sobre as peculiaridades, como o espaço territorial, por exemplo. Temos um País de proporções continentais com uma quantidade muito pequena de refugiados e migrantes. Para exemplificar: enquanto o Brasil abriga 4 mil sírios, a abriga 4 milhões. É preciso atuar para que mais avanços ocorram e mais pessoas sejam acolhidas, para que, efetivamente, possamos ser o país plural que a Constituição determina”, afirmou o procurador.

Pedro Gabriel Siqueira Gonçalves, procurador regional dos direitos do cidadão do MPF em MS, aproveitou a ocasião para relembrar o intenso fluxo migratório vivenciado pela cidade de Corumbá em 2018, que evidenciou o despreparo do poder público para lidar com a situação.

“Coube à sociedade carregar toda a responsabilidade de acolher esses imigrantes, e isso não pode acontecer. Fluxos migratórios são contínuos, não podem pegar o poder público de surpresa. Por isso a importância de eventos como este, para que se estude a situação, para que haja uma preparação prévia e para que os atores diretamente envolvidos provoquem o poder público a cumprir o papel que lhe cabe”, disse.

Campo Grande é a 11ª cidade do País a receber as atividades do projeto, que é realizado pela Rede de Capacitação a Refugiados e Migrantes, composta, entre outros órgãos, pela ESMPU (Escola Superior do Ministério Público da União), MPT (Ministério Público do Trabalho) e MPF. O evento segue até sexta-feira (18), na Unigran Capital.