Mesmo anunciado no início do ano, é com a proximidade do mês de novembro que as pessoas enfim se dão conta de que realmente o horário de verão ficou no passado. No verão, os dias são mais longos, o sol já nasce às cinco da manhã, e muita gente comemora a mudança. Mas, mesmo com término do horário, o corpo deve sentir. De acordo com especialista, o fim do horário de verão exige uma adaptação do relógio biológico.

 

Com sol às 5h da manhã, poucos sentem falta do horário de verão em Campo Grande
Taxista comenta que só viu vantagens com o fim do horário de verão. (Foto: Henrique Arakaki/Midiamax)

O taxista Viriato Ferreira da Mota, de 74 anos, comemora o fim do horário. Ele explica que nem foi preciso esforço para se adaptar, já que está acostumado com o horário regular. Difícil mesmo era se adaptar a acordar mais cedo, no horário de verão. “Era ruim porque você acordava e ainda estava escuro, depois o sol ficava até mais tarde. Aí a gente acabava dormindo pouco”, diz.

Guilherme Franco, de 19 anos, é autônomo e também está satisfeito com a mudança. Ele conta que a rotina nem mudava tanto com o horário de verão, mas que é satisfatório sair de casa para trabalhar com a luz do sol.

Com sol às 5h da manhã, poucos sentem falta do horário de verão em Campo Grande
Guilherme está satisfeito com a mudança. (Foto: Henrique Arakaki)

Aposentado, Cassildo de Melo, de 82 anos, conta que acorda antes mesmo do sol aparecer. Segundo ele, sem o horário de verão o amanhecer até começa mais cedo e isso dá mais disposição para enfrentar o dia. “Eu estou tranquilo, é bom demais saber que mudou”. Atualmente, o amanhecer tem início por volta das 4h40 e o sol nasce às 5 da madrugada em Mato Grosso do Sul.

O neurologista clínico da Unimed Campo Grande, dr. Renato Lima Ferraz, explica que o fim do horário de verão exige adaptação, mas a consequência será positiva. Ele afirma que depois do período de adaptação, o corpo retorna ao horário natural do organismo, que está acostumado ao ritmo solar.

O especialista explica que os resultados são mais positivos do que negativos. “O organismo tem um ritmo biológico, que retornará a ser utilizado. O horário de verão era uma condição imposta que afetava mais o organismo a tentar se adaptar”, ressalta. Outra vantagem é a qualidade do sono, já que o indivíduo volta ao seu ritmo de vigília biologicamente programado.