Uma solenidade nesta terça-feira (2) vai marcar a liberação de recursos em um total de R$ 1 milhão para a retomada das obras do residencial Rui Pimentel, localizado no bairro Jardim Centro-Oeste em Campo Grande. O conjunto de 260 casas foi construído em 2014 pelo Programa Minha Casa Minha Vida e ficou abandonado por anos, quando chegou a virar pasto para vacas e cavalos.

Nesta terça-feira (2), o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) e o prefeito Marquinhos Trad (PSD) autorizam a liberação de recursos para a retomada das obras dos Residenciais I e II. O Governo do Estado até já havia publicado em Diário Oficial o empenho de R$ 563 mil pela Agehab (Agência de Habitação Popular). A novidade é o repasse de R$ 447 mil pela Prefeitura de Campo Grande, totalizando mais de R$ 1 milhão.

As obras do residencial foram paralisadas em 2018 por conta de problemas de descumprimento de cláusulas contratuais por parte da construtora responsável. No Residencial Rui Pimentel I existem 120 casas com 38,36 metros quadrados e 4 casas com 40,12 metros quadrados. Para o Rui Pimentel I, a obra foi contratada por R$ 6,8 milhões e a Prefeitura de Campo Grande vai repassar R$ 447 mil.

No Residencial Rui Pimentel II existem 132 casas com 38,36 metros quadrados e 4 casas com 40,12 metros quadrados. A obra foi contratada por R$ 7,4 milhões em 2012. Agora o Governo do Estado vai repassar R$ 563 mil para a retomada. De acordo com informações repassadas pela Agehab em março ao Jornal Midiamax, as obras já foram retomadas no fim de fevereiro, após a assinatura do contrato. O recurso foi repassado à Caixa Econômica Federal.

O condomínio que virou pasto

Uma reportagem do Jornal Midiamax mostrou como o residencial quase pronto se tornou um pasto, com direito a vacas, cavalos e até capim. Na ocasião, a Caixa afirmou que as obras estavam paradas devido a dificuldades financeiras da construtora contratada. Ela ainda afirmou que, com a retomada das obras, o prazo para a conclusão seria de cerca de quatro meses.

O residencial tinha previsão para entrega em 2015, mas as obras foram abandonadas mesmo 90% concluídas. O MPE-MS (Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul) chegou a instaurar um inquérito civil para investigar irregularidades na entrega do local e o Governo anunciou licitação para o asfalto no local no começo de 2018.