Em meio ao caos, trabalhadores do HRMS cogitam greve geral
Sem as condições necessárias para trabalhar, funcionários do HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul) devem aderir a uma greve para interromper os serviços prestados a partir do dia 10 de dezembro, após assembleia realizada nesta quarta-feira (4) na sede do hospital, feita pelo Sintss-MS (Sindicato dos Trabalhadores em Seguridade Social). A greve só […]
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Sem as condições necessárias para trabalhar, funcionários do HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul) devem aderir a uma greve para interromper os serviços prestados a partir do dia 10 de dezembro, após assembleia realizada nesta quarta-feira (4) na sede do hospital, feita pelo Sintss-MS (Sindicato dos Trabalhadores em Seguridade Social).
A greve só terá início depois da decisão que será feita em reunião no dia 10, às 7h. A convocação foi definida durante a assembleia e serviu para expor os problemas do hospital que vão de falta de pessoal, insumos e mantimentos para a refeição distribuída em marmitas.
Com o indicativo de greve, o sindicato aponta que o governo terá 72 horas para manifestar sobre alguma atitude que o poder executivo possa tomar para melhorar a situação do hospital que vem se arrastando por vários meses.
Para o Sintss-MS, a situação do HRMS somente chegou a este ponto por conta da insistência em transformar o hospital em um local terceirizado, como funciona o Hospital Regional de Ponta Porã. O presidente do sindicato, Ricardo Bueno, o governo defende o modelo de OS.
“Em Ponta Porã, por exemplo, eles gastam R$ 3 milhões de reais, com 110 leitos sendo 10 leitos de UTI, aqui no HRMS nós temos 345 leitos sendo 60 leitos de UTI e o custeio Mat-Med e contratos hoje está em torno de R$ 6 milhões e meio, e tudo com alta complexidade aqui dentro, qual o hospital mais barato se não é o Hospital Regional Público”.
Bueno ainda afirma que a categoria e o hospital procuram um diálogo honesto para buscar soluções em prol de melhorias. Segundo o sindicato, a intenção é negociar diretamente com o governador Reinaldo Azambuja, porque houve “uma promessa de não terceirização do hospital”.
Falta de remédios, profissionais e mantimentos
No final do mês de novembro, o Coren-MS (Conselho Regional de Enfermagem) notificou o HRMS e preparou um processo de interdição ética do Hospital e afirmou que a situação no local é de ‘calamidade e ilegalidade’.
As principais razões apontadas pelo Conselho são a constante falta de insumos para assistência e a falta de profissionais, situações constatadas in loco e que já teriam sido comunicadas à diretoria do HRMS e à SES (Secretaria de Estado de Saúde). No HRMS, falta de esparadrapo a soro fisiológico e, segundo o Coren, a segurança dos trabalhadores de enfermagem está comprometida.
Em meses passados, pacientes relataram ao Jornal Midiamax que na marmita que era servida para eles, faltava mantimentos para sustentar durante o dia. O que poderia estar vindo carne, frango e outros alimentos ricos em proteínas, acaba sendo uma frustração ao ver somente arroz e ovo.
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