O titular da SES (Secretaria de Estado de Saúde), Geraldo Resende (PSDB), afirmou nesta terça-feira (8) que os nomes que deverão compor a nova direção do HRMS (Hospital Regional Rosa Pedrossian) já foram apresentados ao governador Reinaldo Azambuja (PSDB). Segundo o secretário, a expectativa é que a nova cúpula seja aprovada e divulgada ainda nesta semana.
Sem revelar nomes, Resende destacou que o próprio corpo clínico do HRMS indicou os nomes para os cargos de diretor-presidente, diretor técnico. A diretoria financeiro da unidade seria um nome da própria SES.
“Estamos construindo direção que passou pelo crivo do próprio corpo clínico do hospital. Acredito que a partir desta definição, vamos fazer uma discussão sobre a missão do hospital. Espero que essa equipe possa se debruçar e apresentar à SES um plano de recuperação desse papel no SUS (Sistema Único de Saúde)”, declarou.
Por missão, o secretário refere-se à categoria de referência da unidade nos procedimentos de alta complexidade. “Não sabemos, ainda, que tipo de atendimento de referência podemos ter lá. Mas, temos uma boa equipe e acho que podemos avançar para ser uma referência em neurocirurgia, cirurgia cardíaca, ortopedia e outras especialidades médicas”, acrescentou.
Resende também destacou que está descartado para ocupar o posto o ex-diretor-presidente do hospital, Justiniano Vavas, detido para prestar depoimento em 30 de novembro durante operação Reagente, do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), que investiga fraude em licitações do Regional.
Sem concursos
A carga horária de enfermeiros do Regional não deve ser revista tão cedo e tampouco será realizado novo concurso, conforme afirmou o titular da SES. Segundo ele, os cerca de 2.170 servidores são suficientes para atender a demanda atual. “Se houver possibilidade de montar serviço de referência no Estado, vamos estudar [a realização de concurso]. Mas, a curto prazo, não tem possibilidade”, declarou.
A carga horária e acúmulo de trabalho em setores da unidade foi tema de ato simbólico realizado na segunda-feira (7) por funcionários da enfermagem. No último dia 2, uma servidora do HRMS cometeu suicídio e nota do Coren-MS (Conselho Regional de Enfermagem de MS) reforçou que as condições de trabalho podem ocasionar doenças como depressão.
Durante o ato, o presidente do Coren-MS, Sebastião Junior Henrique Duarte, destacou que há sobrecarga nas atribuições de enfermeiros. “O número de profissionais aqui no Regional é muito reduzido para o que se recomenda. O hospital está na ilegalidade há muitos anos e, por isso, precisa de novo concurso para suprir essa mão de obra. Essa sobrecarga tem trazido uma série de consequências para os pacientes, para a economia do hospital e também para os profissionais”, declarou.
