Com duzentão no bolso, dupla de aventureiros quer chegar no Canadá de bicicleta
A dupla de amigos, Raphael Manduca de 27 anos e Christopher Puig, o Kiko, 29 anos, saiu de São Paulo no dia 30 de outubro, com R$ 200 e muita coragem para enfrentar a estrada até chegar ao Canadá, de bicicleta. Os dois que estiveram em Campo Grande por 12 dias têm como objetivo terminar […]
Arquivo –
Notícias mais buscadas agora. Saiba mais
A dupla de amigos, Raphael Manduca de 27 anos e Christopher Puig, o Kiko, 29 anos, saiu de São Paulo no dia 30 de outubro, com R$ 200 e muita coragem para enfrentar a estrada até chegar ao Canadá, de bicicleta. Os dois que estiveram em Campo Grande por 12 dias têm como objetivo terminar a aventura em até um ano.
Sem planejamento, a dupla estabeleceu que gostaria de viajar por 1 ano e colocou alguns países no trajeto, mas com espirito aventureiro querem passar pelo máximo de lugar que puderem e descobrir novos destinos.
“Eu falei para o Manduca, quero viajar um ano. Nós jogamos um objetivo distante para que a gente possa chegar, mas podemos parar em qualquer lugar. É uma aventura mesmo. A gente estabelece para poder seguir meio que um rumo. Já fizemos de Jundiaí até Três Lagos pela rodovia Marechal Rondon”, disse Kiko.
O sonho de se aventurar começou ainda na adolescência quando pensaram até em ir a pé até a Bahia. “Com 15 anos combinamos que íamos viajar para Bahia, ao invés de pagar formatura. A gente pensou até em ir a pé. Mas quando fiz 18 anos, eu me organizei e fomos. O Manduca tinha 16 anos não pode ir. Gastamos 1 mês de ida”, contou.
“Eu fiquei com isso engasgado de não poder ir. Em 2016, nós dois e mais um amigo fomos para Minas Gerais, uma viagem de 6 dias, 450 quilômetros de ida. E aí ficou essa de a cada 2 anos irmos viajar, só que já estava completando 3 anos, agora em julho eu já tava em depressão. E aí falei para o Kiko, mano ou vamos ou não vamos”, disse Manduca.
Os dois amigos decidiram então que iriam pegar a estrada e cruzar fronteiras. “A gente decidiu que vai cruzar fronteiras de cidades, estados, países. O Kiko fala ou você viaja o mundo com muito ou com nenhum dinheiro, e para gente está mais fácil ter nenhum, então estamos indo”, falou Raphael.
Confiante e olhando sempre o lado bom das coisas, os amigos contam ainda com a chance de arrumar empregos e ajuda nos locais por onde passaram. “Por enquanto tudo o que a gente precisou resolver não envolveu dinheiro, mas a gente pretende arrumar uns trampos no caminho. Oferecer ajuda em troca de comida, abrigo, agasalho, água, e até dinheiro se rolar”, ressaltou Kiko.
Além disso, a dupla acredita que a solidariedade das pessoas conta e ajuda muito nessa viagem. “Em Três Lagoas, a gente arrumou um cara que ajudou até a trocar o pé de vela da bicicleta. As pessoas por uma razão de Deus ajudam muito. Lugar para dormir, banho, comida, água. A solidariedade das pessoas tem sido incrível. Se você pede o que precisa, é mais fácil de conseguir. Precisa ser verdadeiro e sincero, as pessoas ajudam”, relata Manduca.
Na garupa da bicicleta, uma caixa de plástico e alguns potes de sorvete armazenam poucas roupas, algumas panelas, saco de dormir, e alguns poucos itens para ajudar na sobrevivência na estrada. “Nossa bicicleta não é para ciclo turismo, mas a gente decidiu que ia com essa mesma. Isso pega bastante, o corpo sente. Mas a gente está indo, agora nosso objetivo é entrar na Bolívia, ficamos aqui esses dias porque a fronteira estava fechada. E é assim, se precisar vender a bike a gente vende, e segue viagem do jeito que der. O objetivo é cruzar as fronteiras”, relatam.
“A gente queria trazer mais coisas, não sabemos como vai ser o clima dos lugares, o nível de frio que vamos enfrentar. Mas a gente não sabe como vai ser em lugar nenhum que a gente passar. Estamos escolhendo as rotas na intuição. Estamos deixando Deus empurrar a gente, lançamos o Canadá porque queremos viajar em 1 ano. O objetivo é ficar um mês em cada país”.
Sobre as dificuldades, os dois destacam o receio do clima, principalmente o frio extremo que podem pegar em outros países, mas preferem não se preocupar com isso agora. ” A gente não tá se preocupando muito com os problemas que podem surgir. A gente quer viajar e se virar. Vamos em alguma igreja, fazemos uns shows de rua, se precisar a gente se oferece para ajudar alguém para ganhar uma grana.O corpo sente, claro, mas vamos seguindo e quando chegar a dificuldade a gente vai resolvendo. Nos acostumamos demais a ter comida na mesa, chuveiro quente. Sair do conforto é meio loucura mesmo. Queremos aproveitar esse tempo e focar no que rolar de bom”, concluíram.
Quem quiser acompanhar a aventura dos dois amigos, ou até mesmo ajudar pode seguir o perfil no Instagram.
Notícias mais lidas agora
- Chuva chega forte e alaga ruas da região norte de Campo Grande
- Há 13 anos, casa no bairro Santo Antônio é decorada por Elizabeth com enfeites únicos de Natal
- Pais são presos após bebê de 2 meses ser queimado com cigarro e agredido em MS
- VÍDEO: Moradores denunciam mulher por racismo e homofobia em condomínio: ‘viadinho’
Últimas Notícias
Moraes proíbe acesso aos prontuários de mulheres que realizaram aborto
A decisão foi motivada por notícias publicadas pela imprensa sobre solicitações de acesso
Polícia é acionada em casa com cães abandonados e filhote morto no Noroeste
Cães muito magros sem comida, além de um filhote morto
Banco Central aprova pagamento de boletos por Pix
O Banco Central aprovou nesta quinta resolução que moderniza o tradicional boleto
Newsletter
Inscreva-se e receba em primeira mão os principais conteúdos do Brasil e do mundo.