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Cotidiano

#CG120: Como vivem os ricos de Campo Grande? Condomínios de luxo com mansões ‘de novela’ se espalham

Grama verdinha e sempre impecável, áreas de lazer que contam até com lagos e ruas cercadas por casas e sobrados que mais parecem mansões de novela. Nas garagens, quadriciclos esportivos e jet skys ao alcance da vista, em uma vizinhança que dispensa muros e grades. Cenários como esse têm se espalhado nos condomínios de luxo […]
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(Leonardo de França
(Leonardo de França

Grama verdinha e sempre impecável, áreas de lazer que contam até com lagos e ruas cercadas por casas e sobrados que mais parecem mansões de novela. Nas garagens, quadriciclos esportivos e jet skys ao alcance da vista, em uma vizinhança que dispensa muros e grades. Cenários como esse têm se espalhado nos condomínios de luxo que conquistaram o gosto dos campo-grandenses de maior poder aquisitivo. O Jornal Midiamax esteve em uma dessas mansões para mostrar aos leitores como vivem os milionários da cidade.

Diferente das ‘casas de rico’ de antigamente, que ocupavam um quarteirão inteiro e persistem em bairros tradicionais como Itanhangá, as novas são mais reduzidas, mas não economizam: têm cadeiras que custam o preço de um carro popular e lustres com o valor de uma casa própria na faixa do Minha Casa Minha Vida.

“A gente percebe que aqui é outro mundo e as pessoas que têm poder aquisitivo maior pagam por isso: pra ter seu filho brincando tranquilo na rua”, conta o arquiteto Paulo Rezende, explicando que os clientes de alto padrão buscam não apenas uma casa, mas todo um estilo de vida.

Nesse estilo, priorizam segurança, lazer e transformam cada imóvel em um pequeno clube para receber os amigos. Apesar do conforto ser o ponto de partida dos projetos, explica o arquiteto, detalhes como pé direito duplo dão impotência às casas e as transformam em objeto de orgulho para os moradores mostrarem às visitas de seu círculo social.

O público que forma os condomínios de luxo da Capital é formado por empresários, fazendeiros, alguns políticos, mas principalmente funcionários públicos de alto escalão, incluindo juízes e desembargadores, contam os profissionais que atuam na área de construção, decoração e venda dos imóveis.

Mesmo nos projetos ‘mais simples’, são obrigatórios itens como chuveiros e pias duplas nos banheiros para o casal poder usar simultaneamente, closets do tamanho de quartos, o tal pé direito que faz o telhado ter até sete metros mesmo em casas térreas, além do conceito aberto que permite ver até o final do terreno logo que se entra na casa.

Luxo em cada detalhe

A design de interiores Cristiane Alves conta que nem sempre a procura dos clientes ricos é pelos produtos mais caros, mas por peças exclusivas que levem personalidade à obra. Mas, quando ela detalha os valores dos projetos fica visível que mesmo ‘economizando’ esse público gasta mais do que a maioria das pessoas jamais sonhou.

Em um dos projetos feito por ela no Condomínio Alphaville, somente a mobília custou quase meio milhão de reais. O projeto, explica a arquiteta, foi todo personalizado. “A base de tudo é funcionalidade. Eles querem ter a personalidade da casa e transpor isso para dentro do projeto com a funcionalidade que é primordial”, detalha.

Quando se trata de valores, peças assinadas podem custar valores exorbitantes. Entre os projetos feitos por Cristiane, peças de luxo como uma cadeira chega a R$ 30 mil. No caso dos lustres, os valores variam e podem chegar a R$ 80 mil, todos utilizados em projetos reais feitos na Capital.

Difícil caber no bolso

Mas, tanta regalia tem um custo. “Não se faz uma casa aqui com menos de um milhão de reais. E terminando qualquer uma já vale dois milhões”, afirma o arquiteto, que tem escritório em frente à portaria do Dahma.

Corretor de imóveis de alto padrão na Capital há 25 anos, Airton Alves Pinto revela que em sua carteira de imóveis na Capital tem casa de 930 metros por R$ 6,5 milhões. “Acabamos de vender uma casa lá nova de 500 metros quadrados mais 30 metros de piscina por R$ 3,5 milhões”, diz, mostrando que para o público A a crise parece nem existir. Ele diz ter disponível terreno ‘barato’ no Dahma: R$ 500 mil por 450 metros quadrados. No Alphaville, há oferta de R$ 500 por metro quadrado, para terrenos com mínimo de 360 metros.

Na carteira de imóveis do corretor, a casa mais cara à venda custa a ‘bagatela’ de R$ 6,5 milhões. Sobre a preferência por condomínios, ele revela que ela é tendência em clientes de maior poder aquisitivo. “Quem quer casa a partir de R$ 500 mil já quer condomínio fechado. Não só pela segurança, mas também pela qualidade de vida”, explica.

Em relação aos luxos escolhidos pelos clientes, Airton aponta como tendência nas obras de alto padrão em a instalação de elevador. “Dispensa a necessidade de um apartamento na parte térrea e otimiza a obra”, defende, sem preocupação com o fato de que para a maioria dos imóveis da Capital, elevador ainda é uma necessidade bem distante.

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