Cartilha de combate ao Aedes aegypti é apresentada na Assembleia Legislativa de MS
UFMS Foi apresentada hoje (12) na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, em reunião da Frente Parlamentar para o Enfrentamento da Tríplice Epidemia – Dengue, Zika e Chikungunya, a Cartilha: Programa Saúde na Escola – Ações de combate ao mosquito Aedes aegypti”, desenvolvida em projeto de pesquisa na UFMS. Criada em atendimento à Portaria […]
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Foi apresentada hoje (12) na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, em reunião da Frente Parlamentar para o Enfrentamento da Tríplice Epidemia – Dengue, Zika e Chikungunya, a Cartilha: Programa Saúde na Escola – Ações de combate ao mosquito Aedes aegypti”, desenvolvida em projeto de pesquisa na UFMS.
Criada em atendimento à Portaria Interministerial 1.055, de 25 de abril de 2017, dos Ministérios da Saúde e da Educação, a cartilha é assinada pela bolsista CNPq -Pibiti (Programa Institucional de Bolsas de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação) Taiana Gabriela Barbosa de Souza, aluna do curso de Medicina no Campus de Três Lagoas (CPTL) e pelo professor orientador Antônio Pancrácio de Souza, do Instituto de Biociências. O projeto teve coorientação do professor Alex Martins Machado (CPTL).
“Esse é um produto de grande relevância para o nosso estado e para o país porque é uma ferramenta para que os professores possam utilizar nas escolas”, explica o professor Antônio Pancrácio.
Até então não havia material que pudesse abordar a temática com um cunho científico e pedagógico nas escolas. “Desenvolvemos, então, a cartilha no período de um ano. Conseguimos publicar o primeiro artigo sobre a criação da cartilha, com informações sobre o design, revisão bibliográfica para saber quais os eixos temáticos, para saber qual o público, a metodologia mais adequada e agora buscamos apoio para entrar nas escolas e disseminar esse material”.
De acordo com os pesquisadores, iniciativas unilaterais – só governamental, midiática, educacional ou de saúde – não foram capazes de diminuir a incidência da Tríplice Epidemia.
“Há mais de 10 anos não vemos uma iniciativa boa. Acreditamos que ao criar multiplicadores dentro das escolas, capazes de sensibilizar seus pais, parentes, amigos, podemos impactar diretamente para a diminuição das doenças. É algo que leva tempo, mas se começarmos teremos resultados. Não podemos continuar no cenário caótico que estamos hoje”, afirma a acadêmica.
Desenvolvida para o trabalho dos professores, como um material didático, visto que a temática da dengue está dentro do Plano Nacional de Educação (PNE), a Cartilha traz informações sobre a metodologia ativa de aprendizagem, fases de desenvolvimento do Aedes aegypti, a sintomatologia e os cuidados para as arboviroses, informações sobre a Tríplice Epidemia e o controle do vetor.
“As pessoas falam o que é dengue, o que é Aedes aegypti, que sabem ensinar sobre isso, mas quando são avaliadas, vemos uma defasagem. Por isso, nossa proposta é ensinar os professores, publicar como E-book, o que será feito no final deste ano, com disponibilização gratuita, para que possam imprimir ou utilizar por meio virtual, para que possam fazer as atividades com os alunos”, expõe Taiana.
A cartilha é baseada na metodologia ativa de aprendizagem, em uma proposta lúdica. “ É preciso ter o objetivo muito bem idealizado e fixado, com foco em uma oficina, com atividade prática para que o aluno faça e construa seu conhecimento com base no que já sabe e no que precisa saber. Você permite a criança participar do processo de conhecimento, principalmente em uma geração questionadora, que gosta de fazer, conversar”.
Novembro é o mês estadual de Enfrentamento a Tríplice Epidemia. O deputado estadual Renato Câmara, coordenador-presidente da Frente Parlamentar, parabenizou os autores da Cartilha, assim como a UFMS, pela iniciativa.
“A nossa grande arma contra as epidemias é o conhecimento sobre o Aedes aegypti, seu habitat, como fazer seu controle, evitar sua proliferação, informações que parecem ser de senso comum, mas não são. As pessoas não têm esse conhecimento. E por mais que nós façamos esforços nesse sentido, sempre é pouco. Enquanto não houver um conhecimento generalizado, estaremos enfrentando todos os anos essa epidemia. Temos que agradecer o empenho nessa Cartilha, que estando disponível para os agentes, para todos os municípios, instituições, será um passo muito grande”, afirma o deputado.
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