Campo-grandenses deixam planos de saúde ‘de lado’ e ações judiciais caem

Os moradores de Campo Grande estão deixando de contratar planos de saúde e número de clientes em unidades que oferecem o serviço na Capital caiu. Em março de 2018, 5,9 mil pessoas deixaram de ser beneficiadas de algum plano de saúde. Os dados, da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) apontam que o número de beneficiários em […]

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Os moradores de Campo Grande estão deixando de contratar planos de saúde e número de clientes em unidades que oferecem o serviço na Capital caiu. Em março de 2018, 5,9 mil pessoas deixaram de ser beneficiadas de algum plano de saúde.

Os dados, da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) apontam que o número de beneficiários em Campo Grande diminui desde 2016. Naquele ano, 259.060 pessoas tinham algum plano de saúde, contra 239.305 em março deste ano. Uma queda de 8% no número de segurados.

No interior de MS, o número fez o caminho reverso, pois mais de 6 mil moradores passaram a ter algum plano no ano passado.

Judicialização diminui

Ao mesmo tempo, o número de processos no Tribunal de Justiça envolvendo planos de saúde, tem pouca adesão, o que mostra que não acompanha o aumento da judicialização da saúde em todo o Brasil.

Em 2018, houve entrada de 244 processos, em primeiro grau, envolvendo operadoras, de acordo com o Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul. Também houve 359 sentenças neste ano, ou seja, de processos que já estavam tramitando.

Para comparar, em 2011, houve entrada de 149 processos contra operadoras. Em 2019, até o início de julho, apenas 19 processos foram distribuídos no Tribunal de Justiça, que já deu 177 sentenças.

A advogada especialista em direito Médico e da Saúde, Giovanna Trad, avalia que a redução do número de processos contra Operadoras de Saúde em Mato Grosso do Sul é sintoma de que o Sul-Mato-Grossense tem um perfil menos litigante.

“É preciso que essas informações cheguem aos usuários de planos de saúde, até para que saibam distinguir se a negativa do Convênio ou um reajuste na mensalidade são realmente abusivos ou não. Somente assim, com amplo conhecimento de seus direitos, é que o consumidor fará bom uso da sua cidadania” finaliza.

De acordo com levantamento feito pela FenaSaúde, a partir de dados de canais oficiais de atendimento ao cidadão, comprova-se a redução do número de reclamações dos beneficiários de planos de saúde nos últimos anos.

Segundo os dados de 2018 do Sindec (Sistema Nacional de Informações de Defesa do Consumidor), o segmento aparece, atualmente, na 16º posição entre os 20 listados, com apenas 1,28% do total de reclamações ou 28.023 queixas. Em 2015, por exemplo, os planos de saúde estavam no 14º lugar, com 42.080 reclamações, o equivalente a 1,66% do total.

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