Como tradição há 14 anos, todo segundo domingo de cada mês, acontece a tradicional festividade na Praça , no bairro Santa Fé. , música, , culinária e artesanato são algumas das atrações que agitam o evento sempre a partir das 9 horas. A praça é além de cultura, um espaço que fomenta o empreendedorismo local e auxilia os comerciantes a tirarem uma renda extra no mês, principalmente para quem vive do que vende.

O evento gratuito, que traz os modos de fazer, criar e viver de diversas etnias e colônias presentes em Mato Grosso do Sul, é um espaço destinado a movimentações culturais para toda a família. Exemplo disso é a empreendedora Angerica Ohashi, proprietária de uma loja de artesanato personalizado feito à base de jeans. Presente na feira há quatro anos, ela busca, por meio do seu , mostrar à população um lado mais sustentável.

“O Jeans é um material que mesmo velho pode ter outros fins. Eu produzo bolsa, mochila, chapéu, carteira, sapateira, almofadas, entre outros produtos que são úteis no dia a dia das pessoas. Minha renda vem das vendas do meu trabalho e posso dizer que têm dado muito certo, hoje a população está com um olhar mais voltado à sustentabilidade”, conta.

Regionalismo e Fé

Lino Bambil é artista plástico há mais de 40 anos e participa da feira desde as primeiras edições. Em sua banca montada na praça, as obras em madeira representando os famosos animais do Estado são destaques. Retratar as belezas no Mato Grosso do Sul é, para ele, estar em meio a natureza tridimensional mais pura e limpa.

Arte, comida e renda extra: feira da Bolívia encanta campo-grandenses há 14 anos
Lino Bambil é artista plástico há mais de 40 anos e sempre expôs seus trabalhos na Praça Bolívia (Foto: Marcos Ermínio, Jornal Midiamax)

“Depois de tantos desastres naturais no Pantanal devido as queimadas, busco retratar através da minha arte a beleza que ainda resta, as curvas e relevos dos animais é o 3D sem precisar de óculos. Passar uma visão, não só para quem é daqui, mas também aos turistas que passam pela nossa terra, que nossa fauna e flora são encantadoras”, ressalta.

Em meio a tantas agitações, sentada em um banco, com muita calma e paz de espírito, a irmã Maria Madalena monta artesanalmente um terço. Há um ano ela e outra freira vendem os artigos católicos nas edições da feira, buscando passar não só valor material, mas também espiritual. “São trabalhos simples, mas feito com muita dedicação. Enquanto muitas outras bancas têm coisas materiais, nós buscamos proporcionar o lado espiritual – tem o físico, mas nele é agregado a fé em Cristo”, explica.

Diversão sem idade

Curtir a manhã ensolarada, comer uma saltenha boliviana e apreciar as atrações culturais, são algumas das vantagens que Marlene Barbosa, de 81 anos, conta sobre prestigiar o evento aberto. “Essa é a quinta vez que venho e o clima é encantador. Sento aqui, tomo um ar fresco, experimento uma comida diferente e aprecio as artes e belezas culturais que me cerca. É tudo de bom”, conta sorrindo.

Para a jovem Isabeli Teixeira, de 13 anos, tudo é novidade. Tomando um açaí, ela prestigia as atrações no palco e se diverte. “O que eu mais gosto de ver são as apresentações de e música, fico encantada. Acho importantíssimo esse tipo de evento na cidade onde diversas culturas se reúnem em um só espaço”, afirma.

Atualmente a organização das festividades na Praça Bolívia são coordenados pelo grupo de dança folclórica boliviano T’ikay. Iniciada em 2005, a Praça Bolívia é um evento cultural que congrega diferentes representações artísticas da cidade de , em Mato Grosso do Sul.

A Praça Bolívia existe desde 2005, mas em setembro de 2015 foi incluída no Calendário Oficial de Eventos e de Programações do Município de Campo Grande/MS, por meio da Lei nº 7.993/15, firmando-se como mais um ponto de visitação turística cultural de Campo Grande/MS.

Para mais informações ou até mesmo se você tem interesse em participar das apresentações e exposições  na Praça Bolívia, o contato é o da organizadora Ingra Flores: (67) 99244-7084.