Após tiros de borracha, manifestantes voltam a fechar Rio Paraguai contra cota zero na pesca
Depois de um domingo (17) intenso onde um manifestante foi atingido com disparo de bala de borracha e outro foi preso em Porto Murtinho, e a Polícia Federal e Marinha do Brasil e do Paraguai tentaram colocar um ponto final nos bloqueios que interditavam o rio Paraguai, a informação é que os manifestantes voltaram a fechar […]
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Depois de um domingo (17) intenso onde um manifestante foi atingido com disparo de bala de borracha e outro foi preso em Porto Murtinho, e a Polícia Federal e Marinha do Brasil e do Paraguai tentaram colocar um ponto final nos bloqueios que interditavam o rio Paraguai, a informação é que os manifestantes voltaram a fechar o trecho para novos protestos sobre a ‘cota zero’ na noite de ontem e devem seguir durante esta segunda (18).
Após cumprimento de ordem judicial, assinada pela juíza Janete Lima Miguel, da 2ª Vara Federal de Campo Grande, a ação dos agentes federais para retirar o bloqueio de empresários, pescadores e indígenas brasileiros e paraguaios estava no intuito de permitir a conclusão da passagem de uma embarcação boliviana, a Girocantex Sociedad Anonima.
Em contato com o advogado que representa o grupo de manifestantes, Rodrigo Acosta, os manifestantes voltaram a fechar o rio para novos protestos, logo após a embarcação concluir a sua travessia.
Rodrigo afirmou que após todo a ação envolvendo as partes, os manifestantes voltaram a se concentrar no local para retornar os protestos e em menor número, por conta do susto. “Não teve mais nenhuma atuação por parte da polícia, porque o cumprimento da liminar era somente para passar a embarcação. Desde ontem estão lá, em menor número, mas estão lá”, explicou.
Ação
Em nota, a PF explica que “agiu para que uma embarcação de empresa boliviana pudesse ultrapassar pelo bloqueio” e como houve relatos de disparos de bala de borracha que atingiram uma pessoa, o texto explica que os disparos foram feitos para “revidar a injusta agressão”.
Sem resposta
Ontem (17), Rodrigo Acosta disse à reportagem que a reivindicação dos moradores é que o Governo do Estado se manifeste em relação a como as regras da ‘cota zero’ serão aplicadas em Porto Murtinho.
“Não somos contra o ‘cota zero’, nós queremos que o governo se manifeste, via decreto, sobre a peculiaridade de Porto Murtinho. Nós queremos que as mudanças sejam gradativas nos próximos três ou cinco anos e não súbitas como foram anunciadas”.
Cota Zero
No dia 30 de janeiro, um grupo de empresários e pescadores se reuniram com o o secretario Jaime Verruck, da Semagro (Secretário de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), para discutir questões sobre a cota zero, projeto que proibirá a pesca amadora nos rios do Estado. Com o decreto os peixes pescados deverão ser todos devolvidos ao rio e não poderá mais ser levados pelos pescadores amadores.
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