E o tempo virou mesmo. A previsão é que os próximos dias sejam de manhãs e noites frias, o que já deixa as mães em alerta, pois as crianças são os principais “termômetros” dessas mudanças climáticas. Mas, afinal, qual a melhor alternativa para evitar que os pequenos sofram com isso? As recomendações médicas são muito parecidas com as tradições familiares, em que a sopa com muitos legumes e limão com mel se tornam os principais remédios para imunidade.

Segundo Solange Oliveira, de 48 anos, dona de casa e já avó de dois meninos, não existe a história de ceder as vontades das crianças, ou melhor, a falta de vontade deles de não colaborar com as precauções. “Não adianta, a criança precisa estar agasalhada, precisa comer muitas verduras e legumes, sucos naturais e não ficar descalço. ‘Mas é só um resfriadinho', não importa! Quanto mais a criança ficar pegando friagem, mais chances têm de se tornar uma forte”, defende Solange.

Há 17 anos trabalhando com educação infantil, a diretora Suely Cristina Soares Gama, prioridade manter os locais bem arejados. “Sempre pedimos para os pais trazerem as crianças muito bem agasalhadas, até com sapatos e toucas, já que precisamos manter as salas bem arejadas para não proliferar os vírus. Mas elas estão sempre nos locais mais quentes, os chamados abrigos, principalmente os bebês”.

Suely é diretora de uma EMEI (Escola Municipal de educação Infantil) na região do Parque do Sol, em , e há atitudes que acabam sendo tomadas para evitar que as crianças peguem friagem. “Quando as professoras identificam que a criança está desprevenida, elas me procuram. Se eu tenho algum uniforme de frio sobrando, nós colocamos, mas tem situações que é preciso ligar para família trazer mais roupa”, destaca.

Quanto a alimentação fornecida aos pequenos, há substituições para que eles se mantenham aquecidos. “Ao invés de gelatina no lanche, nós damos o leite quentinho com algum bolo ou bolacha. Trocamos uma fruta por suco de laranja, para ajudar a ficarem mais fortes”, explicou Suely.

Outra alternativa, é evitar banhos longos e tudo que possa fazer com que as crianças se molhem. “Eu dou muito caldo e frutas, menos melancia para não molhar as roupas e acabar tendo que dar mais banhos. Mas eles vão para creche, aí se torna mais difícil de controlar”, acredita Geisiane Feitas Louzan, 34 anos, mãe de quatro crianças, de três meses a quatro anos.

Independente da escolha, é importante destacar que a medicação sem acompanhamento médico é muito perigoso, principalmente para crianças. Segundo o médico paulista Francisco Lembo Neto à revista Crescer, existem medidas muito eficientes.

Das recomendações, estão: não levar a criança em locais de aglomeração de pessoas ou muito fechados, deixar a casa ventilada, hidratar e alimentar com produtos saudáveis. Saídas no fim do dia devem ser evitadas, já que a queda de temperatura é muito brusca. Inalação e limpeza do nariz só com soro. Além de buscar atendimento médico sempre que a respiração obstruir.