A direção do único hospital de , a 135 km de Campo Grande, e a Prefeitura do município se reuniram nesta segunda-feira (22) com o secretário da (Secretaria de Estado de Saúde) para discutir a renovação do convênio. O hospital havia fechado o ambulatório na semana passada e, com o acordo, reabre atendimento nos feriados e fins de semana.

O presidente da instituição, a Sociedade de à Maternidade e Infância de Camapuã, Joelvis Cunha afirma que ficou decidido um convênio de R$ 450 mil por três meses. O pagamento será feito em uma parcela de R$ 200 mil ainda em julho e duas parcelas de R$ 125 mil para agosto e setembro.

“O ambulatório vai atender só nos fins de semana e feriados. Nos dias úteis continuamos fazendo apenas atendimento de urgência e emergência. Nestes dias, a Prefeitura vai manter o ESF (Estratégia Saúde da Família) aberto até tarde”, disse.

Cunha afirma que só aceitou a decisão para não dispensar os funcionários e prestadores de serviço e também para não prejudicar a população. Entretanto, com o fim do prazo dos três meses do convênio, o Hospital ainda corre risco de fechar. “O Hospital abriu as portas ontem correndo risco de após o terceiro mês de convênio voltar a suspender o atendimento”, disse.

Nas redes sociais, a Prefeitura de Camapuã anunciou que, como resultado da reunião, o ESF Central continuará realizando atendimento médico, ambulatorial e odontológico, de segunda a sexta, das 7 horas até meia noite.

Hospital com dívidas

O Hospital fechou o ambulatório na semana passada devido ao fim de convênio com a Prefeitura. O presidente do hospital, Joelvis Cunha, contou ao Midiamax que o convênio com a Prefeitura vencia em junho e não foi renovado. Segundo ele, o repasse mensal era de R$ 200 mil, mas a proposta do município era de manter o convênio com R$ 100 mil mensais, ou seja, reduzir o repasse pela metade.

Com o fim do convênio municipal, o hospital mantinha apenas o convênio com o SUS (Sistema Único de Saúde) para atendimentos de urgência e emergência, com repasse mensal de R$ 40 a R$ 60 mil. De acordo com o presidente da instituição, o hospital tem uma dívida de R$ 1 milhão em encargos, impostos e fornecedores. “A despesa do hospital é de R$ 300 mil. Como a arrecadação era de R$ 200 mil [municipal] mais R$ 40 mil [do SUS], o hospital veio acumulando dívidas e agora corre sério risco de fechar as portas”, explica.