Começa na próxima segunda-feira (23), a 13ª Semana de Museus que traz uma programação extensa, com ações conjuntas em 11 instituições museológicas do Estado, e totalmente aberta ao público.

As atividades são coordenadas pelo Sistema Estadual de Museus – vinculado à Fundação de Cultura – em Campo Grande, Corumbá, Dourados e Maracaju e acontecem até 29 de setembro.

A abertura acontece no MIS (Museu da Imagem e do Som), com a palestra “Preservação Audiovisual – História, Memória e Perspectiva”, que será realizada às 19 horas por José Maria Pereira Lopes, coordenador do Centro de Documentação da TV Cultura (Fundação Padre Anchieta) e ex-coordenador do acervo de cinema do MIS de São Paulo.

O espaço ainda contará com a exposição fotográfica Retratos Biográficos da Baía Negra, que retrata situação de famílias moradoras de uma área de proteção ambiental.

As ações da Primavera de Museus, porém, vão além do MIS. Acontecem também no Arquivo Público Estadual, Casa de Ciência e Cultura de Campo Grande/UFMS, Museu José Antônio Pereira, Museu de Arte Contemporânea, Museu das Culturas Dom Bosco / UCDB, Museu de Arqueologia da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Museu de História da Medicina de Mato Grosso Do Sul, Casa Dr. Gabi – Espaço de Memória, Museu Histórico De Dourados e Museu Anna Thereza de Lima Alves. A programação completa pode ser conferida aqui.

Tema do ano

O ano de 2019 iniciou com a experiência da perda irreparável causada pelo incêndio no Museu Nacional. Tal impacto deixou uma marca indelével na nossa memória. Ao mesmo tempo, essa crise proporcionou que o Instituto Brasileiro de Museus, as entidades, seus profissionais e a própria sociedade buscassem novas formas de prevenção, gestão e manutenção, para que se possa cumprir a função primordial de preservação e comunicação daquilo que nos une, pois ao mesmo tempo remete a uma lembrança pessoal e coletiva.

O tema da Primavera de Museus deste ano promove a compreensão de que estes espaços são guardiões de memórias, afetos e, por excelência, espaços que auxiliam as pessoas na busca e na manutenção da sua identidade, nos envolve – enquanto indivíduos parte dessa relação – numa série de responsabilidades compartilhadas na tarefa de preservar.

O ato de produzir processos, guardar artefatos e expor memoráveis coleções, sem abrir mão da segurança, demanda batalho diário contra os mais variados agentes de riscos que ameaçam de maneira incessante a integridade física e química dos museus e seus acervos, pois existir é correr riscos e resistir é combater riscos.