O bloqueio na fronteira do Brasil com a Bolívia, no município de Corumbá, a 429 km de Campo Grande, continua nesta quarta-feira (16). A manifestação do Setlog Pantanal (Sindicato das Empresas de Transporte e Logística do Pantanal) pede o fim da Operação Padrão da Receita Federal, acontece desde a segunda-feira (14) e não tem previsão para acabar. Segundo o sindicato, o bloqueio pode causar um prejuízo diário de até US$ 2 milhões para o comércio internacional.

A Operação Padrão, motivo do protesto do Sindicato, acontece desde novembro e causa demora na liberação das mercadorias para exportação, segundo o presidente da Setlog Pantanal, Lourival Costa Júnior. “Nós queremos que o Governo resolva esta questão com a Receita Federal, que está fazendo esta operação. Eles chamam de operação padrão, que é uma análise minuciosa de toda a documentação da exportação, ou seja, quando a mercadoria cai em canal, o que era liberado em três dias, demora de 15 a 25 dias”, explica.

O presidente do sindicato explica que com a demora na liberação dos caminhões, eles permanecem no Porto Seco, o que causa um prejuízo de até R$ 1 milhão por mês para o setor de transportes. “Como eles ficam parados lá dentro, temos que pagar a estadia para o Porto e para os caminhões que estão lá dentro”, afirma. Segundo Júnior, com esta demora, não há prazo para entrega das exportações.

Nesta quarta-feira (16), o Setlog Pantanal está na fronteira para apoiar a manifestação do setor boliviano. “90% das transportadoras são brasileiras, mas os caminhões são bolivianos, viemos apoiar pois há um impacto tanto para o Brasil quanto para a Bolívia”, afirma o presidente.

O sindicato promete continuar com o bloqueio na fronteira até a manifestação do Governo Federal. Até agora, nenhum representante tentou entrar em contato com os manifestantes. O bloqueio acontece durante todo o dia e será apenas para veículos de carga.

O Jornal Midiamax pediu um posicionamento da Receita Federal e aguarda resposta.