Em assembleia realizada na última sexta-feira (15), profissionais da Rede Municipal de Ensino de , por meio do Sindicato Municipal dos Trabalhadores da Educação (), decidiram retomar a na próxima quinta-feira (21). A reivindicação dos educadores é que seja incorporado ao salário o abono concedido em 2017, de 7,64%. Além disto, querem que seja aplicado o piso salarial de 6,81%.

O município apresentou o ofício 425/2018/SEGOV, após reunião com representantes sindicais em 11 de maio. Na proposta oferecida, a Prefeitura justificou que o reajuste solicitado acarretaria queda na receita municipal, causando dificuldades financeiras e econômicas.

Como contraproposta, a Prefeitura ofereceu 2,95% de aumento salarial para setembro, como indicativo à inflação de 2017, e pagamento retroativo à data-base. Para avaliação da situação dos e administrativos, visando recuperação salarial, a Prefeitura propôs a criação de comissão avaliativa.

A maioria presente na assembleia decidiu rejeitar a proposta e retomar a paralisação da categoria. Segundo o sindicato, o percentual oferecido pela Prefeitura está muito aquém do pedido pela classe, não correspondendo a um aumento real nos salários. A greve será retomada no dia 21, e o sindicato espera uma maior adesão dessa vez, levando a paralisação até o dia 06 de julho.

O Simted divulgou no site oficial esclarecimento acerca do estudo que antecipou e justificou o pedido de reajuste:

“Em análise a documentos, entregues pela administração na reunião do dia 11 de maio, referentes ao balanço do governo do 1° quadrimestre, comprova-se que o repasse do FUNDEB teve um acréscimo de mais de 10% do ano de 2017 para 2018. O mesmo aconteceu com os recursos próprios que compõe os 25% de investimento em educação, que passaram de R$ 156 milhões em 2017 para R$ 172 milhões em 2018.

Somados os 25% de recursos obrigatórios (R$ 43 milhões) com o repasse do FUNDEB que Dourados recebeu a mais (R$ 20,8 milhões), chegamos ao montante de R$ 63,99 milhões de investimento obrigatório em educação no 1° quadrimestre por parte do município.

Fica comprovado, de acordo com os relatórios do governo, um gasto total com a educação no referido período de R$ 57,9 milhões, sendo destes R$ 49,8 milhões com pagamento de folha salarial e R$ 8,1 milhões com pagamento dos demais custeios. Portanto, há um saldo positivo de pouco mais de R$ 6 milhões que não foram investidos em educação por parte do município.

Com base nestes dados, Dourados investiu somente 21,47% dos recursos pertencentes a educação no 1° quadrimestre. Fica explícito que a educação de Dourados não sofre com a falta de recursos e não pode ser penalizada por isso. Está claro que o excesso de gastos está em outros setores e que estes devem ser equalizados para se alcançar uma melhor saúde financeira do município”.