Secretário Estadual de Saúde, o médico Carlos Coimbra informou em agenda com o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) nesta segunda-feira (19) que são 144 os médicos cubanos que atendem em Mato Grosso do Sul. Com edital do governo federal prometido para ainda este mês, a expectativa é de que todos os médicos sejam recolocados até dezembro.

“Esses médicos fazem atendimento na atenção básica da saúde dos municípios. A expectativa é de que as vagas sejam preenchidas até dezembro e que o atendimento não seja prejudicado”, informou.

No Estado, o programa Mais Médicos atende 705 mil pessoas com o trabalho de 205 profissionais, segundo o Governo Federal.

Fim do programa

O governo de Cuba informou na última quarta-feira (14) que decidiu sair do programa social Mais Médicos, citando “referências diretas, depreciativas e ameaçadoras” feitas pelo presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) à presença dos médicos cubanos no Brasil.

O país caribenho envia profissionais para atuar no Sistema Único de Saúde desde 2013, quando o governo da então presidente Dilma Rousseff criou o programa para atender regiões carentes sem cobertura médica.

Pelo Twitter, Bolsonaro afirmou que apenas condicionou a permanência do prigrama a testes de capacidade. “Condicionamos à continuidade do programa Mais Médicos a aplicação de teste de capacidade, salário integral aos profissionais cubanos, hoje maior parte destinados à ditadura, e a liberdade para trazerem suas famílias. Infelizmente, Cuba não aceitou”.

“Além de explorar seus cidadãos ao não pagar integralmente os salários dos profissionais, a ditadura cubana demonstra grande irresponsabilidade ao desconsiderar os impactos negativos na vida e na saúde dos brasileiros e na integridade dos cubanos”, declarou.

Em novembro do ano passado, o STF (Supremo Tribunal Federal) validou o Mais Médicos e autorizou a dispensa da validação de diploma de estrangeiros ao julgar ações que questionavam pontos do programa federal, como acordo que paga salários mais baixos para médicos cubanos.