Não são só as rodovias estaduais de MS são palco de manifestação de caminhoneiros: a categoria também tomou ruas da Capital na manhã desta terça-feira (22), em protesto contra os sucessivos aumentos do diesel na última semana.
O protesto, que reunião caminhoneiros, carreteiros, guincheiros e demais “veículos grandes”, cruzou o centro da cidade, partindo da Avenida Duque de Caxias e seguindo pela Avenida Afonso Pena em comboio, com direito a buzinaço e até solta de fogos de artifício.
“Queremos chamar atenção de toda a sociedade para esse problema, ele não é só nosso. A Petrobrás está sendo capitalizada em cima da sociedade como um todo, não são apenas os caminhoneiros e empresas de transporte. Tudo fica mais caro quando sobe o combustível”, denuncia Roberto Sinai, do Sindicam-MS (Sindicato dos Caminhoneiros de Mato Grosso do Sul).
Nas estradas
iniciados na segunda-feira (21), os protestos de caminhoneiros tomaram todo o Brasil com bloqueios em rodovias federais, em protesto a política de apreçamento adotado pela Petrobrás – somente na última semana, o diesel teve cinco aumentos seguidos consecutivos.
Em Mato Grosso do Sul, de acordo com a PRF (Polícia Rodoviária Federal), até às 10h da manhã havia um total de oito pontos de bloqueios, em oito diferentes cidades, que são Campo Grande, Maracaju, Rio Brilhante, Eldorado, Paranaíba, Naviraí, Bandeirantes e Caarapó.
Redução
A repercussão dos protestos, no entanto, já apresenta resultados. A Petrobrás divulgou a redução dos valores dos combustíveis em suas refinarias, na próxima quarta-feira (23). Hoje, o valor do litro do diesel é de R$ 2,3716 e será reduzido para R$ 2,3351 (-1,5%). A gasolina passará de R$ 2,0867 para R$ 2,0433 (-2,0%).
Antes da redução, em apenas 22 dias [entre 1º e 22 de maio], a Petrobras reajustou o preço dos combustíveis, em suas refinarias, em quase R$ 0,30. A ação não passou despercebida da população, especialmente, dos caminhoneiros, que fazem manifestações trancando rodovias por todo o Brasil.