A chegou ao nono dia consecutivo e, desde então, tem causado falta de produtos em todo o país. Com o desabastecimento na Ceasa (Centrais de Abastecimento de Mato Grosso do Sul), os hortifrutigranjeiros enfrentam grande variação no preço, que será refletido para o consumidor no ato da compra.

De acordo com a AMAS (Associação Sul-Mato-Grossense de Supermercados), os estabelecimentos não têm condições de segurar os preços e o consumidor sentirá no bolso a alta no preço dos produtos. Há alguns dias, a Ceasa de Campo Grande recebe poucos caminhões e produtos como o tomate chegam a custar quatro vezes mais caro.

Segundo a entidade, o aumento no preço dos hortifrutigranjeiros não será repassado para o consumidor integralmente. O acréscimo, no entanto, será definido por cada comerciante. “O resultado da greve nos transportes refletirá nas gôndolas do . Praticamente todos os produtos da Ceasa terão um acréscimo porque vêm de fora”, afirma. A associação já acredita no fim da greve e afirma que dentro de cinco dias a situação deve voltar ao normal no abastecimento de produtos no Mato Grosso do Sul.

No início da greve dos caminhoneiros, a AMAS já afirmava que o setor supermercadista não aumentaria os preços dos produtos por conta do desabastecimento. A associação previa apenas o aumento no preço de produtos perecíveis, como os hortifrútis.

O Procon-MS faz fiscalizações em supermercados de Campo Grande e autuou quatro estabelecimentos pela prática de preços abusivos. De acordo com o superintendente Marcelo Salomão, é justificável que os preços aumentem no caso dos hortifrútis porque há desabastecimento na Ceasa, mas mercados que ainda possuem estoque e mesmo assim cobram mais caro podem ser autuados.

Denúncias sobre preços abusivos podem ser feitas ao Procon no telefone 151.