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Cotidiano

População apoia caminhoneiros e defende ‘adesão em massa’ a protestos

Segundo as pessoas abordadas pela reportagem - todas motoristas de carros comuns - os protestos são legítimos e necessários contra os aumentos abusivos praticados nas refinarias.
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Nas ruas de , onde reinam carros de passeio, ônibus e motocicletas, o apoio às manifestações do caminhoneiros contra a alta dos combustíveis parece ser irrestrito. Segundo as pessoas abordadas pela reportagem – todas motoristas de carros comuns – os protestos são legítimos e necessários contra os aumentos abusivos praticados nas refinarias.

Até há quem ache que o resultado das manifestações, que só em MS já bloquearam ao menos oito trechos de rodovias federais, será inexpressivo. Todavia, a maioria defende uma “adesão em massa” ao movimento. Segundo eles, o governo só vai dar atenção ao problema quando “todo mundo parar de uma vez”.

 

Como Reginaldo Nardoni, de 43 anos, representante de telecomunicações, mas que nas horas vagas trabalha como Uber em Campo Grande. “Apoio a manifestação, com certeza. Eles estão brigando por todo mundo, já que alta de atrapalha o bolso de todos. Se eu tivesse um caminhão, também estaria lá. Esse governo não pensa em ninguém”, protesta.

A opinião de Mardoni é compartilhada pelo tecnólogo Anderson Guimarães, de 37 anos, que apoia a causa, mas defende adesão de mais categorias. “Tem que parar mesmo, eu apoio o movimento. Não tem mais condições o preço do combustível. Mas, infelizmente, não acho que vá surgir algum efeito enquanto eles estiverem sozinhos. Todo mundo tem que parar”, afirma.

População apoia caminhoneiros e defende 'adesão em massa' a protestos
Karina Mendes, pesquisadora, apoia a manifestação (Foto: Marcos Ermínio | Midiamax)

A pesquisadora Karina Mendes, de 35 anos, se diz afetada pelas altas e reclama da política de apreçamento da Petrobrás. “O preço dos combustíveis afeta todo mundo, tanto quem usa carro para trabalhar como para passear. O brasileiro tem que lutar pelos seus direitos, o preço de tudo sobre quando o deisel sobre”, comenta.

Taxista também sofre

População apoia caminhoneiros e defende 'adesão em massa' a protestos
Aparecido Passos (Foto: Marcos Ermínio | Midiamax)

Um dos problemas reportados por caminhoneiros autônomos é que o preço do frete não sofreu reajuste, enquanto o teve aumento de 28% no últimos 18 meses, num contexto em que o combustível representa quase 50% do preço do frete. “Conheço muitos caminhoneiros que infelizmente estão desistindo da profissão. O combustível está muito alto, é um absurdo”, afirma o corretor de imóveis Ludmar Rodrigues, de 44 anos.

Nas ruas da cidade, a propósito, a situação enfrentada por caminhoneiros também é compartilhada por quem trabalha com transportes, como taxistas e motoristas de aplicativos, que afirmam ter diminuição significativa nos lucros. “Faz dois meses que trabalho com Uber e já senti muito a questão do aumentos dos combustiveis. Os caminhoneiros precisam ser apoiados, mas é algo que atinge toda a população”, comenta Marlos Luiz, de 48 anos, motorista de aplicativo.

População apoia caminhoneiros e defende 'adesão em massa' a protestos
Marlos Luiz (Foto: Marcos Ermínio | Midiamax)

Num ponto de táxi do centro, Aparecido Passos, 50, comentava com os colegas sobre os protestos. “Eu apoio esse movimento. Estávamos falando sobre isso e acho que a gente tem que se unir pra apoiar e parar tudo junto com eles, tanto taxista como Uber, pois também somos impactados”, comenta.

Ao lado de Passos, o taxista Milton Alves, de 53 anos, também protesta e concorda. “Não temos como sobreviver com o combustível subindo desse jeito. A coisa está fora do controle. Taxistas também tinham que parar. Eu trabalho nesse ramo há 25 anos e nunca vi combustível tão alto e rendimento tão baixo”, comenta.

Mais um que apoia adesão em massa aos protesto, o motorista de aplicativo Reginaldo Resende, de 52 anos, também denuncia a diminuição dos lucros. “Afeta os caminhoneiros, afeta os motoristas. Não sei se o preço vai cair, mas acho que pode deixar de subir. É ano eleitoral, então vai ser ‘daquele jeito’”, conclui.

No local dos protestos, um grupo de cerca de pessoas também manifestavam apoio aos caminhoneiros e pegavam carona para panfletar ideias intervencionista a quem lhes dava atenção. “Nós apoiamos porque acreditamos nesse direito que os caminhoneiros pedem”, comenta o aposentado Duacir Bergamo, de 65 anos.

Redução

A repercussão dos protestos, no entanto, já apresenta resultados. A Petrobrás divulgou a redução dos valores dos combustíveis em suas refinarias, na próxima quarta-feira (23). Hoje, o valor do litro do diesel é de R$ 2,3716 e será reduzido para R$ 2,3351 (-1,5%). A gasolina passará de R$ 2,0867 para R$ 2,0433 (-2,0%).

Antes da redução, em apenas 22 dias [entre 1º e 22 de maio], a Petrobras reajustou o preço dos combustíveis, em suas refinarias, em quase R$ 0,30. A ação não passou despercebida da população, especialmente, dos caminhoneiros, que fazem manifestações trancando rodovias por todo o Brasil.

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