Com a chegada de fortes chuvas em , os riscos de queda de árvores aumentam devido aos ventos e raios. Apesar da intensa queda de árvores que ocorrem devido às mudanças climáticas, o poder público não consegue ter controle sobre a quantidade de cepas que caem durante as chuvas.

Na última tempestade que ocorreu quarta-feira (3) foi possível identificar várias equipes do Corpo de Bombeiros e da Energisa realizando reparos devido as quedas de árvore em vários pontos da cidade e muitas casas acabaram ficando sem energia elétrica por horas.

O Jornal Midiamax conversou com assessoria de comunicação do Corpo de Bombeiros e foi informado que, durante a tempestade e durante os dias subsequentes, quatro árvores haviam despencado na Capital. No entanto, a reportagem acompanhou as ocorrências no dia do vendaval e quedas foram maiores que o informado.

Houve registro de queda de árvore no campus da UFMS, que acabou caindo sobre quatro carros que estavam estacionados. Também aconteceu uma queda de árvore na Rua Japão, no Bairro Marcos Roberto, que despencou em cima de uma casa.

A reportagem também acompanhou a retirada de uma árvore que caiu na Rua Manoel Vieira de Souza, no Bairro Piratininga e também na Rua Otaviano Mascarenhas, entre a Rua Japão e Avenida Fábio Zahran.

Causando muito transtorno para os motoristas, principalmente, a queda de uma planta no cruzamento da Rua Bahia com a XV de Novembro foi motivo de intenso trânsito entre os dias 3 e 4. Muitas árvores também acabaram caindo no Parque dos Poderes durante a tempestade.

Os trocos só começaram a ser retirados dos locais depois que equipes da Prefeitura Municipal trabalharam com maquinário para remover as árvores.

Esses foram apenas alguns registros das muitas ocorrências pela cidade. Apesar dessas notificações, as autoridades não possuem um número oficial do quanto de planta que acabam caindo.

Nesta segunda-feira (8) uma árvore de grande porte tombou na Vila Rica e avenida ficou interditada. Uma planta centenária também despencou em frente à escola estadual na Avenida Capital e também uma planta caiu na Rua Itaporã, no Bairro Zé Pereira.

Mesmo com os muitos registros, ainda não é possível obter um número oficial de queda de árvores pela cidade, nem mesmo a Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Humano) possui.

A Energisa informou que, até agora, aconteceram 500 ocorrências envolvendo vegetação. Destas ocorrências, 20% aconteceram em Campo Grande, equivalente a 160 ocorrências. No entanto, a empresa explica que essas notificações não são apenas de árvores que caíram, mas sim de galhos e árvores em contato com a rede elétrica.*

Campo Grande é uma das capitais mais arborizadas do país

Uma árvore para cada 4 habitantes. Essa é a média obtida em relação ao número de árvores de Campo Grande e o número de habitantes estimado da cidade. Os números revelam uma boa concentração de árvores nas ruas da cidade, o que coloca a Capital entre as cidades mais arborizadas do Brasil.

De acordo com a Semadur (Secretaria Municipal do Meio Ambiente e Gestão Urbana), são cerca de 228.830 árvores na cidade, conforme atualização das imagens de satélite de 2016, realizada pela Gerência de Fiscalização de Arborização da pasta.

Com 161 espécies de árvores diferentes, sendo 92 delas nativas do bioma local, a capital cidade sul-mato-grossense tem um índice de arborização em área urbana que chega a 96%, de acordo com dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Isso significa que 96 casas, a cada 100, possuem uma árvore nas imediações.

Confira a reportagem completa em especial para o Dia da Árvore, comemorado no último dia 21 de setembro, clicando aqui.

*matéria atualizada às 18h23 para acréscimo de informação