No fim da tarde desta sexta-feira (25), os passageiros de Campo Grande retornavam para casa encarando lotação nos ônibus, que já neste dia teve número da frota reduzida, circulando sem os veículos articulados devido a falta de combustível por causa da greve dos caminhoneiros. Greve continua sem previsão de encerramento.
Para a vendedora Ângela Cardoso, de 43 anos, o retorno para a residência não fugiu da normalidade. “Está em horário de pico aí é bem lotado mesmo. Vamos ver semana que vem, né? ”, disse à reportagem, temendo a redução das frotas, anunciada pelo Consórcio Guaicurus nesta sexta-feira (25).
Já para a Letícia Oliveira, de 28, a lotação faz parte do dia a dia, mas ela sentiu falta dos veículos articulados na linha 087, que faz trajeto Terminal Guaicurus/General Osório. “A lotação tem todo dia, mas aí vem os ônibus normais parece que fica pior”, comentou.
Questionada sobre a redução de veículos, que vão rodar como tabela de domingos a partir deste sábado (26), a jovem demonstrou preocupação. “Se já é complicado durante a semana com bastante ônibus, imagina o mesmo tanto de gente tento que pegar com menos ônibus? ”, questionou.
Prestes a embarcar na linha 087, a vendedora Maria José dos Campos, de 37 anos, também disse que se a greve continuar, chegar no horário no trabalho vai ser complicado. “Vai estar bem cheio os ônibus, vai ser um caos”, afirmou.
Redução nas frotas
A Concessionária do transporte coletivo de Campo Grande, Consórcio Guaicurus, vai operar neste sábado (26) com uma quantidade menor de veículos nas ruas, usando a tabela de domingo para disponibilizar os ônibus nas ruas.
Um fax foi emitido pelo diretor-presidente João Carlos dos Santos para as gerências de garagens do transporte comunicando a decisão.
Algumas linhas, entretanto, não devem sofrer alteração: 053, 061, 474, 075, 076, 062, 083, 089, 102, 108, 220, 230, 302, 308, 406, 408, 421, 520, 521 e 524 farão o horário normal de sábado.
O aviso também comunica que ônibus extras deverão ser disponibilizados para suprir eventual demanda e que, se for necessário, os articulados devem voltar a circular por determinação de fiscalização da Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito).
