Macaca pode ter sido atacada por outro animal

Uma macaca, da espécie Bugio, foi encontrada na tarde desta terça-feira (23), com vários ferimentos pelo corpo. O animal foi visto por moradores de uma propriedade rural na região da Ilha Comprida, perto de Três Lagoas, cidade distante 338 quilômetros de Campo Grande.

Os moradores acionaram a equipe do CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) e da PMA (Polícia Militar Ambiental), que foram até o local fazer o resgate do animal e, de acordo com a assessoria de imprensa da Prefeitura de Três Lagoas, levantaram a possibilidade de a macaca ter sido atacada por outro animal, pois os ferimentos se assemelham a mordidas.

“Mesmo assim, principalmente pela quantidade de ferimentos, o animal foi recolhido e levado para o quartel local da PMA para coletarmos amostras de sangue, que serão levadas, dentro de 24 horas, para Campo Grande, onde serão analisadas para constatar se há o acometimento por alguma doença, como, por exemplo, a ”, explica o veterinário e coordenador do CCZ, Hugo Nogueira Faria.

Nogueira deixou claro que a possibilidade do animal ter contraído a Febre Amarela é muito remota. “Ressaltamos que, os macacos não são os transmissores da doença, por isso não há razão para machucar ou mesmo matá-los”, reforça.

No ciclo silvestre, em áreas florestais, o vetor da febre amarela é principalmente o mosquito Haemagogus. Já no meio urbano, a transmissão se dá por meio do mosquito Aedes aegypti (o mesmo da dengue).

Por isso, a equipe do CCZ reforça que os macacos devem ser preservados, pois do mesmo modo que o ser humano é infectado pela doença por meio da picada dos mosquitos, os macacos também são.