A empresa , investigada por crime de pirâmide financeira, afirma ter sido vítima de invasão e roubo, ocorrido na noite de 22 de maio, na sede de sua mineradora em Hernandarias, no Paraguai. De acordo com manifestação em ação que corre na 2ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos de , ex-clientes da mineradora teriam se aproveitado “da situação de fragilidade da empresa” e surpreenderam funcionários da Minertech, retirando computadores que faziam mineração como forma de reaver eventual prejuízo.

“Indivíduos, outrora clientes da Requerida, se aproveitaram da situação de fragilidade da empresa e surpreenderam os funcionários desta, procedendo à retirada de máquinas a título de pagamento por seu saldo existente. Os ditos ‘afiliados' conseguiram se apoderar de várias máquinas, conforme se depreende das fotos em anexo”, traz a manifestação, seguida de fotografias de imagens de segurança.

A partir disso, a empresa alega ter retirado preventivamente, no último dia 29, as máquinas que restaram na sede da Minertech e buscaria local seguro para reativar o funcionamento das mesmas. Para tanto, a defesa solicita à Justiça prazo de 60 dias para que voltem a operar e pede, ainda, sigilo processual da nova localidade da mineradora, que ainda deverá ser definido.

Inaugurada em 28 de janeiro deste ano, a Minertech é a polêmica fazenda de mineração da Minerworld e fica em Hernandarias, distrito industrial de Ciudad Del Este, no Paraguai, a cerca de 670 km de Campo Grande.

Na ocasião da deflagração da operação Lucro Fácil, do (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), o juiz David Oliveira Gomes Filho determinou o bloqueio de operações das diversas plataformas das empresas, inclusive da Bit Ofertas. A mineradora, no entanto, teria continuado em funcionamento.

Novo depoimento

O MPE (Ministério Público Estadual) anexou aos autos mais um depoimento de investigados da Minerworld, a paraguaia Zully Daniele Acosta Ortiz, que mora na mesma cidade da Minertech. Ela apresentou ao MPE documentação traduzida que revelaria detalhes das investigações que a empresa sofre no Paraguai.

Em seu depoimento, Zully também afirma ter sido parte da Minerworld há cerca de dois anos. Porém, a ré teria se desligado da empresa em agosto de 2017, quando Cícero Saad e Jonhnes Carvalho teriam assumido o controle. Ela também confirma a retirada das máquinas de Hernandarias na noite do dia 29 de maio, pelo próprio Cícero Saad, diretor da Minerworld.

(*Matéria alterada às 12h35 para correção de informações)