Milhares de fiéis acompanharam a missa de Corpus Christi celebrada pelo arcebispo Dom Dimas Lara Barbosa, nesta quinta-feira, no Centro de Campo Grande. Para não perder nenhum detalhe da celebração, muita gente chegou no local às 3h da madrugada, quando o tapete começou a ser confeccionado.
Considerada uma das festas mais importante da Igreja por celebrar o chamado ‘mistério da eucaristia', ou seja, o sacramento do sangue e corpo de Jesus Cristo, o evento reuniu as paróquias da cidade na Rua 14 de Julho.
Adelicio de Oliveira Souza, de 60 anos, disse ao Jornal Midiamax que veio à missa pois estava no trabalho, que é ‘pertinho' e porque não poderia perder, já que é católico desde sempre. Animado, o trabalhador que atua na área da construção civil, afirmou que fez muitas fotos para mostrar aos filhos e aos netos que não moram na Capital.
“Na minha cidade tem o tapete também, mas não tão bonito como esse”, disse o homem.
Dando uma pausa na reunião de família, Maria Derli Zaneli, de 71 anos, foi até a missa na companhia de um dos filhos, enquanto os demais ficaram em casa comemorando o aniversário de um dos irmãos.
Comentando sobre o feriado, a aposentada disse que antes de ir à missa, estava celebrando a nova idade do filho e disse que até tomou cerveja. “Se até Deus transformou água em vinho, por que não tomar uma cervejinha? ”, questionou.
Já o morador José Ilson Lopes, de 62 anos, disse que é da comunidade São Judas, e mora em Campo Grande há 11 anos. José contou à reportagem que se converteu ao catolicismo após vários pedidos da esposa e hoje em dia, não perde as festividades católicas.
“Sou católico há 22 anos e pretendo ir assistir [missa e confecção dos tapetes] enquanto as pernas aguentarem. A gente precisa compreender o mistério da vida, se a vida está difícil com Deus, imagina sem Ele? ”, disse.
O tapete de Corpus Christi
Os fiéis da Igreja Católica lotam desde a madrugada desta quinta-feira (31) o Centro de Campo Grande para a tradicional montagem dos tapetes de Corpus Christi, mas com uma novidade: materiais modernos para facilitar a montagem e também a remoção dos tapetes após a missa das 15h.
Neste ano, a Igreja Nossa Senhora do Perpétuo Socorro faz réplicas de vitrais e usa sal tingido para a montagem. O padre Dirso explica que o material é mais fácil de remover. “´Para não voar, a gente coloca água e cola. Mas depois fica bem fácil de lavar e deixar a rua organizada”.
O maior tapete é a réplica de um vitral da igreja de Aquidauana. São cerca de 150 pessoas somente da Paróquia empenhadas com a montagem.