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Cotidiano

Mais Médicos: saída de cubanos deixa em alerta prefeituras do interior de MS

O anúncio da saída de médicos cubanos do programa Mais Médicos já é preocupação entre os prefeitos das cidades de interior de MS. Municípios como Corumbá e Dourados, por exemplo, serão extremamente afetados – eles perderão 19 profissionais que atuam em APS (Atenção Primária à Saúde). Em todo o Estado, seriam 114 médicos cubanos que […]
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O anúncio da saída de médicos cubanos do programa já é preocupação entre os prefeitos das cidades de interior de MS. Municípios como Corumbá e Dourados, por exemplo, serão extremamente afetados – eles perderão 19 profissionais que atuam em APS (Atenção Primária à Saúde). Em todo o Estado, seriam 114 médicos cubanos que deixariam o programa.

O presidente da Assomassul (Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul), Pedro Caravina, confirmou que o assunto já preocupa as prefeituras, sobretudo as mais distantes de . Uma reunião do CNM (Confederação Nacional de Municípios) está marcada para segunda, em , e terá como pauta a saída de cubanos do Mais Médicos.

“Não era a pauta. Nós iríamos discutir uma mobilização para destrancar algumas pautas do municipalismo, inclusive os royalties do petróleo. Mas, diante desse anúncio, tornou-se o assunto principal porque a saída desses médicos trará um impacto muito grande às cidades, financeiro e social”, explica Caravina.

Uma nota do CNM foi publicada na quinta-feira (15), na qual o presidente da entidade, Glademir Aroldi, ressalta a preocupação dos prefeitos das cidades com menos de 20 mil habitantes com a saída dos 8,5 mil profissionais cubanos que atuam no programa Mais Médicos. A entidade alerta que é preciso substituí-los sob o risco de mais de 28 milhões de pessoas ficarem desassistidas.

De acordo com a SES (Secretaria de Estado de Saúde), são 205 profissionais no progrma Mais Médicos em MS. Deste total, 114 são cubanos e estão lotados em 44 cidades de MS. Além de Corumbá e Dourados, Costa Rica perderá 5 profissionais do programa e Deodápolis, 4.

“A população vai perder muito. Os municípios têm problemas financeiros, folha de pagamento estourada. Se acontecer de termos que contratar médicos brasileiro, cada um poderá sair a um custo de R$ 20 mil mensais. Imagine o impacto para um municipio pequeno que terá que contratar 5 médicos para manter os atendimentos”, detalha.

Caravina detalha, ainda, que o maior obstáculo será encontrar profissionais interessados em trabalhar nos locais mais distantes. “É um problema que sempre enfrentamos. Essas cidades, aldeias, comunidades distantes, ribeirinhas… Não despertam interesse dos médicos brasileiros. Então esperamos que o governo federal tome alguma providência, pois não podemos ficar desamparados”, conclui.

Entenda o caso

O governo de Cuba comunicou na última quarta-feira (14) que vai se retirar do programa Mais Médicos devido a declarações “ameaçadoras e depreciativas” do presidente eleito Jair Bolsonaro, que anunciou modificações “inaceitáveis” no projeto.

“Diante dessa realidade lamentável, o Ministério da Saúde Pública de Cuba tomou a decisão de não continuar participando do programa ‘Mais Médicos’, anunciou o ministério cubano, que comunicou ter informado o governo brasileiro. A decisão significa que os milhares de médicos cubanos que trabalham no Brasil dentro do programa deverão retornar à ilha, segundo a agência Deutsche Welle.

“Bolsonaro questionou a formação dos especialistas cubanos, condicionou sua permanência no programa à revalidação do diploma e impôs como único caminho a contratação individual”, argumentou o governo cubano. No Brasil, cerca de 8.500 médicos cubanos integram o Mais Médicos.

Abertura de 10 mil vagas

O Conasems (Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde) pediu ao ministro da Saúde, Gilberto Occhi, que o próximo edital de reposição de vagas no Mais Médicos, que previa a contratação de 1,6 mil profissionais, seja ampliado para 10 mil vagas, a fim de minimizar o impacto da saída dos cubanos. O edital poderá sair já na semana que vem.

Ainda assim, os prefeitos temem que as vagas não atraiam profissionais interessados em ficar nas regiões mais distantes, como aldeias, comunidades quilombolas, ribeirinhas e nas florestas – extremamente comuns em Mato Grosso do Sul, por exemplo.

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