Laudos de macacos encontrados mortos em MS devem ficar prontos em até 60 dias
Macacos foram encontrados em Coxim, Maracaju e Três Lagoas
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Macacos foram encontrados em Coxim, Maracaju e Três Lagoas
As amostras referentes aos três macacos encontrados mortos em cidades do Mato Grosso do Sul foram encaminhadas para exames laboratoriais em São Paulo e a previsão é de um laudo conclusivo em até 60 dias. De acordo com o governo do Estado, as análises serão feitas pelo Instituto Adolfo Lutz para detectar se os primatas tinham febre amarela.
As amostras foram coletadas de fragmentos das vísceras de três primatas, encontrados em Coxim, Maracaju e Três Lagoas. Segundo a gerente técnica de zoonoses da SES (Secretaria Estadual de Saúde), Stephanie Lins, a previsão é que os laudos fiquem prontos no prazo de 30 a 60 dias.
De acordo com o governo do Estado, no caso dos macacos mortos, uma equipe recolhe os fragmentos de vísceras e sangue para os exames. Conforme a superintendente estadual de Vigilância em Saúde, Angela da Cunha Castro Lopes, são coletadas duas amostras de fragmentos de fígado, baço, pulmão, cérebro, coração e rim.
“Em até 24 horas o material precisa ser recolhido. E o animal não deve ser removido. Quem encontrar um primata morto não deve mexer no corpo e precisa avisar a Secretaria Municipal de Saúde”, explicou.
Dados referentes ao animal como local da captura, espécie, sexo, tipo de material e data em que foi coletada são especificados nos rótulos dos frascos das amostras.
Casos
Conforme o governo do Estado, Mato Grosso do Sul não registra nenhum caso da doença até o momento. Os macacos encontrados mortos podem ter sido vítimas do homem, já que um dos corpos aparenta estar com a costela quebrada.
“Apenas os exames poderão dizer se os animais tinham a doença, mas muitas vezes eles são vítimas de agressões porque furtam coisas nas fazendas. Tem também casos de agressões de pessoas que acham que os primatas transmitem a febre amarela. Isso não é verdade. Eles são vítimas”, explica a gerente técnica de zoonoses.
Assim como os humanos, os macacos bugios, saguis e outros primatas podem contrair a doença. Os transmissores são os mosquitos: o Haemagogus (nas áreas de mata) e o Aedes aegypti (nas cidades).
Vacina
No Estado, não é aplicado o esquema de vacinação fracionada. Desde 2014, a OMS (Organização Mundial de Saúde) recomenda a aplicação de uma única dose. Quem já se imunizou alguma vez, não precisa tomar a vacina novamente.
Segundo o governo do Estado, todos os municípios de Mato Grosso do Sul estão abastecidos com a vacina contra a febre amarela. Além das vacinas distribuídas, a SES informou ainda que possui 80 mil doses em estoque.
Os sintomas da doença são febre, dor de cabeça, náusea, icterícia (amarelamento da pele), dores no corpo, calafrio, perda de apetite, olhos amarelados e sangramento.
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