O (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) de Mato Grosso do Sul divulgou nota nesta terça-feira (18) em que defende a suspensão dos eventos na , no centro de , caso não sejam feitas alterações necessárias para garantir a proteção patrimonial do bem tombado. O local é conhecido por abrigar eventos culturais, principalmente o Carnaval.

Na semana passada, o MP-MS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) recomendou que os blocos de Carnaval não aconteçam na Esplanada já a partir de 2019. Diante disso, o Iphan concordou com o Ministério Público em condicionar a realização de eventos de grande porte no local à instalação de infraestrutura para garantir a proteção do patrimônio. Caso isso não seja feito, o Instituto concorda com a mudança de endereço da festa popular.

“A autarquia entende que, desde que adotadas todas as medidas pertinentes no intuito de preservar a integridade dos bens tombados, não haveria óbice à realização dos eventos”, disse o Instituto em nota enviada à imprensa.

Para o Instituto, a realização do Carnaval na área tombada poderia promover o reconhecimento e apropriação da área pela população. Além disso, havia uma preocupação de que houvesse um esvaziamento e abandono da Esplanada.

Apesar de defender a ocupação do espaço, o Iphan decidiu concordar com o Ministério Público. “Assim, como não foram apresentadas garantias quanto a adoção de medidas preventivas visando resguardar a integridade dos bens tombados, o Iphan viu-se obrigado a concordar com a suspensão da realização de eventos de grande porte no Complexo da Estrada de Ferro Noroeste do Brasil”, disse em nota.

Após a recomendação da mudança do local de realização do Carnaval, os cordões e blocos de carnaval repudiaram a sugestão do MPE (Ministério Público Estadual). “Queremos lembrar o MPE, que em outras regiões do país, como Salvador (BA), por exemplo, e também aqui no Estado, em Corumbá, o carnaval de rua é realizado em áreas tombadas pelo patrimônio histórico”, informaram.