Um grande evento como o aniversário de Campo Grande costuma animar quem vive da venda de produtos na rua. Desta vez, a situação foi diferente e os ambulantes afirmam que as vendas estão fracas em comparação ao ano passado. A justificativa para o baixo movimento no comércio de rua é o frio, já que Campo Grande amanheceu com um clima de 9°C.
O vendedor Claudeir Lima da Silva, de 27 anos, chegou ao centro da cidade antes mesmo do sol nascer. Às 5h30 da manhã, ele veio com a expectativa de vender pelo menos 150 saquinhos de pipoca, número menor do que as vendas do ano passado. Claudeir trabalha como ambulante no aniversário da cidade há 4 anos e acredita que o comércio está, de fato, mais fraco do que anos anteriores e atribui ao tempo frio.

Já Antônio dos Santos é um vendedor tradicional da cidade. Há 30 anos, ele trabalha como ambulante e aposta na variedade para alavancar seu comércio. No carrinho, tem opção de pipoca doce, salgada, com queijo e algodão doce. Apesar do movimento mais fraco do que anos anteriores, ele ainda tem boas expectativas. “Além do frio, o fim do mês também contribui para que as pessoas gastem pouco”, justifica.

Renato Caldas não está tão confiante quanto o pipoqueiro. Aos 50 anos, Renato é iniciante no comércio ambulante e trabalha com a venda de trufas há quatro meses. O vendedor chegou ao local antes das 7 horas da manhã e duas horas depois ainda não havia vendido nenhum dos bombons. “Está um frio danado, levantei cedo e até agora não vendi nada”, lamenta. Renato vende as trufas por R$ 2 cada nos sabores ameixa, beijinho, brigadeiro e maracujá.
A comemoração dos 119 anos de Campo Grande acontece na rua 13 de maio, diferente da tradição, que é na 14 de julho. O desfile mudou de lugar devido às obras do Reviva Campo Grande, mas ambulantes afirmam que a 13 de maio é ainda melhor para a realização do evento. Segundo vendedores, a rua possibilita que tenha uma arquibancada maior.