Na esquina da Rua Bahia com a Avenida Afonso Pena, o varal de camisas e bandeiras do Brasil destoa do resto da cidade ainda indiferente ao clima de Copa do Mundo.
Apesar da apatia na Capital, o comerciante Silvio Reis Ferreira, de 49 anos, se mostra esperançoso e confiante de que a animação ainda vai chegar ao campo-grandense. “Minha perspectiva é de que vai ser bom sim, mesmo com a crise o pessoal vai se animar, a seleção está bem com Titi” afirma o comerciante.

Silvio é experiente quando o assunto é Copa do Mundo, essa é a sexta edição que trabalha com produtos para torcedores, está no ramo desde 1998 e relata que de sábado (09) para domingo (10) a mudança na procura já foi grande.
Segundo ele, nesse domingo, mesmo antes da vitória da Seleção Brasileira por 3 X 0 em cima da Áustria as pessoas já procuravam artigos para torcer.
O também comerciante Adriano Pereira, de 43 anos, parou para comprar uma camiseta para seu filho de 3 anos, já torcedor. Embora esteja animado, Adriano acredita que a política é a principal responsável pelo desinteresse da população.
“Tô achando esse ano muito fraco, as pessoas estão desacreditadas pela política e não entram no clima de Copa, é sempre notícia ruim, como vai entrar? ”, desabafa o torcedor.
Adriano ainda conta que ele e sua esposa já possuem camiseta da Seleção e só faltava a do filho, que já estava cobrando o uniforme para torcer.
Leve hostilidade
Enquanto o Jornal Midiamax entrevistava Silvio, que expõe seus produtos na Avenida Afonso Pena, um homem dirigindo uma caminhonete grita “ O Brasil vai perder” enquanto cruza a avenida.
Silvio rebate a provocação com bom-humor. “ Perder faz parte, o importante é seguir o jogo”, responde o comerciante.