Apesar do fim da greve dos caminhoneiros, que durou mais de 10 dias em todo o Brasil, os reflexos no abastecimento de Campo Grande ainda são sentidos. Neste sábado (2), mais de 70 pessoas fazem fila para comprar botijão de gás em uma revenda, que ficou três dias sem o produto.
Gerente da uma revenda localizada na Avenida Presidente Vargas, em Campo Grande, Rosana Brito explica que soube ontem (1º) que receberia um carregamento com 150 botijões.
Com a informação e diante da grande demanda pelo gás, a empresa anunciou nas redes sociais que receberia botijões neste sábado. A fila de moradores em busca do gás, vendido a R$ 70, começou a ser formar antes das 7 horas.
Por volta das 11h30, o carregamento ainda não havia chegado, e 77 senhas já tinham sido distribuídas para organizar a venda. Segundo a gerente, um novo carregamento chegará na segunda-feira (4) e a expectativa é que tudo se normalize até a quarta-feira.
Bombeiro hidráulico, José Miro, de 60 anos, conta que soube que no local haveria gás depois de ir até uma distribuidora. Outra que também enfrenta fila é Suzana Picoloto, de 46 anos, que está há dois dias com o botijão vazio em casa. “Me virei com o forno elétrico, a panela elétrica e a chaleira elétrica”, conta.
Abastecimento
Segundo previsão do Simpergasc-MS (Sindicato das Micro, Pequenas Empresas e Revendedores Autônomos de GLP, Gás Canalizado e Similares do Estado de MS), será preciso de uma semana a dez dias para a situação ser normalizada.
De acordo com o Sindicato, a demanda demorará para ser normalizada devido à grande demanda nas refinarias que atendem distribuidoras do Brasil inteiro.
A reportagem do Jornal Midiamax fez um levantamento nas revendas de gás em Campo Grande e constatou a situação da normalização progressiva: nos depósitos que ainda tem estoque, pois, foram reabastecidas, a demanda está grande e nem todos os clientes conseguem ser atendidos, enquanto outros estão sem estoques e sem previsão para reabastecimento.