Após receber denúncias de consumidores, o tem feito fiscalizações em postos de combustível, supermercados e distribuidoras de gás de cozinha de . Com o desabastecimento causado pela greve, alguns comerciantes têm se aproveitado da situação.

De 15 postos de combustível fiscalizados pelo órgão, 13 foram autuados e seis tiveram seus preços alterados. No caso dos supermercados, a fiscalização passou por seis estabelecimentos e autuou quatro.

De acordo com o superintendente do Procon, Marcelo Salomão, houve o aumento do valor de compra de combustíveis devido à dificuldade da entrega, mas a situação não justifica o aumento abusivo nos preços. “Houve uma alta para o dono, o que reflete na gasolina. Antes estava mais barato e agora está um pouco acima dos R$ 4. A questão é que o posto só pode cobrar até R$4,39, acima disso consideramos preço abusivo”, afirma.

O reflexo do desabastecimento no valor dos produtos não pode ser confundido com o aumento de preços sem justificativa, segundo o superintendente. No caso dos supermercados, a falta de hortifrutigranjeiros causa a inflação, mas os mercados que ainda têm o produto em estoque não podem subir o custo dos produtos. “O preço do mercado é determinado pela oferta, se não tem, eles cobrarão mais caro. Estamos fiscalizando os mercados porque alguns se aproveitam da situação, multamos um estabelecimento onde tinha estoque e ainda assim cobrava mais caro”.

Além dos supermercados e postos de combustível, o Procon tem recebido reclamações sobre a prática de preços abusivos nas distribuidoras de gás de cozinha. Nesta terça-feira, o órgão terá uma van estacionada na Praça do Rádio, no centro de Campo Grande, para orientar e receber denúncias dos consumidores.

‘A arma do consumidor é pesquisar’

Segundo Salomão, a única forma de conseguir comprar os produtos por um preço justo é com a pesquisa. “Na gasolina, por exemplo, aceitamos o preço de até R$ 4,39, mas isso não quer dizer que o consumidor só vai encontrar por este preço. Temos postos vendendo a gasolina por R$ 4,04, é só pesquisar”, diz.

O superintendente afirma que o trabalho do Procon ajudou que os postos de combustíveis não praticassem preços exorbitantes. Das capitais do Centro-Oeste, Campo Grande é a que oferece a gasolina mais barata. Em Cuiabá, o combustível é vendido por cerca de R$ 5, em Goiânia, a gasolina custa de R$ 4,67 a R$ 4,79 e em Brasília de R$ 4,85 a R$ 5,99 – mas já chegou a custar R$ 9,99 nos últimos dias.

De acordo com Marcelo Salomão, se os consumidores pesquisarem e comprarem nos locais mais baratos, a tendência é de que os preços caiam. “É uma ação de toda a sociedade, conseguimos conter este avanço pesquisarmos”.

Percebeu a prática de preços abusivos nos comércios de Campo Grande? O Procon recebe denúncias pelo número 151 ou no formulário disponível no site.