Neste ano, 830 novos casos de câncer de mama devem ser descobertos em Mato Grosso do Sul, de acordo com projeção do Inca (Instituto Nacional de Câncer). Para conscientizar as mulheres sobre a prevenção da doença, desde os anos de 1990, é desenvolvida a Campanha Outubro Rosa.
De acordo com informações do Inca, a prevenção do câncer de mama não é totalmente possível em função da multiplicidade de fatores relacionados ao surgimento da doença. De modo geral, a prevenção baseia-se no controle dos fatores de risco e no estímulo aos fatores protetores, especificamente aqueles considerados modificáveis e alimentação é um deles.
Uma pesquisa do Inca estima que por meio da alimentação, nutrição e atividade física é possível reduzir em até 28% o risco de a mulher desenvolver câncer de mama. O AICR (Instituto Americano de Pesquisas em Câncer aponta que 33% de todos os casos de câncer de mama nos EUA poderiam ser evitados com mudanças simples no estilo de vida.
Confira 14 alimentos que podem ajudar a prevenir o câncer de mama
Frutas, verduras e legumes
Contêm nutrientes, tais como vitaminas e fibras, que auxiliam as defesas naturais do corpo. Procure consumir, no mínimo, cinco porções de frutas, legumes e verduras variadas todos os dias. Vegetais como batatas, mandioca e inhame não entram nessa conta.
Salmão, sardinha, castanhas, nozes, óleo de linhaça
Possuem ômega 3 e atua sobre o sistema imunológico e auxilia na diminuição de triglicérides e colesterol.
Brócolis, couve, repolho
A ingestão regular de couve, brócolis e repolho pelo menos uma vez por semana também pode diminuir o risco de ter câncer de mama. Essas hortaliças são fontes de nutrientes como vitamina C, carotenoides precursores de vitamina A, fibras, cálcio e ácido fólico e seu poder preventivo viria da abundância de moléculas fitoquímicas capazes de eliminar substâncias tóxicas que induzem o câncer. Também contêm compostos bioativos como isoticianatos e indol-3-carbinol, ajudando a regular um complexo sistema de enzimas que auxiliam na prevenção do câncer.
Peixes
Segundo estudo recente do periódico British Medical Journal (BMJ), comer duas porções de atum, salmão ou sardinha por semana pode ajudar a reduzir o risco de uma mulher desenvolver a doença. A sardinha é rica em vitamina D, um proto-hormônio que pode interferir no crescimento do câncer.
Prefira carnes cozidas ou assadas
Pesquisas mais antigas apontam que consumir carne grelhada/assada e defumada pode aumentar o risco de desenvolver câncer de mama. Pesquisadores também descobriram que um alto consumo de carne de churrasco ou defumada pode aumentar o risco de mortalidade após um diagnóstico de câncer de mama. Pesquisas mais recentes apontam a absorção de substâncias cancerígenas até mesmo pela pele. (Leia o estudo completo em inglês)
Alimentos orgânicos
Os agrotóxicos são substâncias que promovem o câncer e por isso é melhor o consumo de alimentos orgânicos. Além disso, os produtos orgânicos estimulam a agricultura familiar.
Amamentação
Além de reduzir o risco de bebês se tornarem crianças obesas, mães que alimentam seus filhos exclusivamente com leite materno até os seis meses têm menor chance de ter câncer de mama.
Que alimentos aumentam o risco da doença?
Gorduras e ultraprocessados
Alguns tipos de alimentos, se consumidos regularmente durante longos períodos de tempo, podem transformar células saudáveis em células cancerosas. É o caso de alimentos gordurosos, salgados e enlatados. Por isso, procure evitar frituras, carnes com gordura aparente e embutidos, como linguiças, salsichas, salames, presuntos e outros.
Álcool
Estudos têm mostrado associação entre o consumo de álcool e o câncer de mama. O papel do álcool no desenvolvimento desse tipo de câncer ainda não está claro. Recomendações sugerem às mulheres que evitem ou limitem o consumo de álcool (uma porção por dia, ou seja, 350 ml de cerveja, 140 ml de vinho ou 40 ml de bebidas destiladas).
Açúcar e Sal
Use-os com moderação. Dieta rica em açúcares fornece muitas calorias e poucos nutrientes. Além de favorecer o ganho de peso e aumentar o risco de desenvolver doenças como o diabetes. Já o uso abusivo do sal pode causar problemas como hipertensão arterial e retenção de líquidos.
(Fontes: Hospital Albert Einstein e Inca)
