Depois de rumores de que os médicos organizariam demissão em massa em forma de protesto contra os pontos eletrônicos instalados nas UPAs (Unidades de Pronto Atendimento), o sindicato informou que categoria irá se reunir para debater a questão dos horários de trabalho.
Fontes do Jornal Midiamax dão conta de que, revoltados com a instalação dos pontos eletrônicos que controlam os horários de trabalho nas unidades de saúde, alguns médicos estariam cogitando pedir demissão em forma de protesto.
Desde que foram instalados no início do mês, após uma determinação da Justiça, pelo menos três pontos eletrônicos foram sabotados e o problema virou caso de polícia.
A prefeitura anunciou que os locais receberão sistema de monitoramento reforçado contra vandalismo.
À reportagem, o gerente do Sinmed MS (Sindicato dos Médicos de Mato Grosso do Sul) afirmou que nesta quinta os profissionais que trabalham no SUS se reunirão em assembleia para debater os horários de trabalho.
“Haverá a assembleia para orientá-los a cumprir a determinação dos horários. A questão se vão cumprir ou não, vai ser individual”, disse gerente ao Midiamax.
A assembleia acontece na sede do Sinmed na Rua Eduardo Santos Pereira, Centro da Capital, às 19h.
A assessoria de imprensa da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) informou que não foi notificada oficialmente de qualquer decisão da categoria.
Sabotagens
O ponto eletrônico para médicos e todos os funcionários da Saúde começou a funcionar no dia 1º de agosto em 25 unidades de saúde. A medida atende a uma determinação do Juiz da 2ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos, David de Oliveira Gomes Filho, que determinou a implantação de pontos em todas as unidades.
O primeiro ato de vandalismo aconteceu no CEM (Centro de Especialidades Médicas), no dia 7 de agosto. Depois, dois outros casos ocorreram na UPA do Coronel Antonino, no dia 8, quando o leitor biométrico foi danificado. Já na quinta-feira (9), o equipamento localizado na UPA (Unidade Pronto Atendimento) Leblon foi vandalizado e a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) registrou um boletim de ocorrência.
Monitoramento
A Justiça de Mato Grosso do Sul mandou Prefeitura de Campo Grande instalar câmeras de segurança, próximo aos pontos eletrônicos das unidades de saúde, para evitar sabotagens. Os aparelhos foram recém instalados para verificar se os médicos e demais servidores cumprem seus horários e, em poucos dias, foram alvos de vandalismo em diferentes unidades.
Conforme o MPE MS (Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul), o juiz David de Oliveira Gomes Filho deferiu o pedido da Promotora de Justiça Filomena Aparecida Depólito Fluminhan, titular da 32ª Promotoria de Justiça da Saúde Pública, que ingressou com o pedido de Tutela Antecipada na Ação Civil Pública.
A Promotora de Justiça pediu a concessão de Tutela de Urgência de Caráter Incidente, “a fim de que seja determinada ao Município de Campo Grande a instalação, no prazo de 30 dias, de câmeras para o monitoramento dos registros da frequência nos Pontos Eletrônicos e bem assim, para a segurança do patrimônio público que está sendo alvo de ataques em série”, informa o MPE.
