Efeitos da chuva preocupam moradores da periferia de Campo Grande
A chuva que cai sobre Campo Grande desde a madrugada ainda não causou estragos na cidade, mas já perturba quem mora nas áreas mais distantes. Enquanto na região central da cidade, a água atrapalha a rotina dos moradores, a situação preocupa mesmo é na periferia, onde famílias moram em casas precárias e temem por alagamentos. […]
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A chuva que cai sobre Campo Grande desde a madrugada ainda não causou estragos na cidade, mas já perturba quem mora nas áreas mais distantes. Enquanto na região central da cidade, a água atrapalha a rotina dos moradores, a situação preocupa mesmo é na periferia, onde famílias moram em casas precárias e temem por alagamentos.
No centro, não há muitos transtornos, mas as obras do Reviva Centro pararam, já que o tempo impossibilita a continuidade do serviço. Para quem não tem carro, o problema é a espera do ônibus. A reportagem do Midiamax flagrou a dificuldade de quem pega ônibus na rua 7 de Setembro.
Como os pontos da rua 26 de Agosto foram transferidos para o local devido às obras do Reviva Campo Grande, a cobertura do ponto de ônibus não dá conta de todos os usuários. Até poucos dias atrás, o ponto era sinalizado apenas com um mastro e não tinha cobertura. Agora, apesar de não ser suficiente para todos, a cobertura já é um alívio para quem mais precisa, como idosos ou mães com bebês de colo.
Ao se afastar da região central é que as dificuldades já ficam mais visíveis. Leidiana Ortiz, de 25 anos, é moradora do bairro Vila Nasser e teve dificuldades de levar a filha ao Ceinf (Centro de Educação Infantil). Ela afirma que o barro é um empecilho durante as chuvas, já que fica difícil se locomover a pé, de bicicleta ou até para pegar um ônibus. Para sair, o carro é a única alternativa.
Moradores temem alagamentos
Os moradores dos loteamentos destinados à antiga favela Cidade de Deus também tiveram que parar as obras de construção das novas casas devido às chuvas. Localizados no Bom Retiro e no bairro Jardim Canguru, os moradores foram treinados para construir suas próprias casas e enfim deixarem os barracos.
Enquanto a chuva não para, não há alternativa a não ser parar as obras também. No Bom Retiro, os moradores estavam trabalhando dentro do galpão, onde cortavam madeira, mas logo foram dispensados. A parte mais alta do bairro possui terra encharcada e a preocupação é de que a chuva continue por mais um dia.
Leidiana relembra de outras chuvas que enfrentou, quando teve perdas causadas pelo alagamento das casas. “Dependendo da chuva não inunda, como hoje, mas sempre temos que colocar vasilhas debaixo da goteira. Aqui também tem muito barro, peço sempre para as crianças tirarem o chinelo”, conta.
Ludmila Roas, de 25 anos, trabalha no Bom Retiro mas mora no Jardim Canguru. Ela conta que no Canguru, a situação é pior, já que as casas alagam sempre que chove. “A minha casa já alagou totalmente com a chuva outras vezes, mas telhamos e fizemos algumas melhorias para evitar de perder os móveis e colchões. O nosso medo é que a chuva continue, aí vai ter estrago”, explica.
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