A Campanha Nacional de ção Contra a e começa nesta segunda-feira (6) e segue até o fim do mês de agosto. Em Mato Grosso do Sul, 158 mil crianças que já receberam a vacinação e crianças com idades de 12 meses a menores de 5 anos estão entre o público-alvo.

De acordo com a SES (Secretaria de Estado de Saúde), o esquema das vacinas no Calendário Nacional é composto por três doses da VIP (Vacina Inativada Poliomielite), administradas aos dois, quatro e seis meses de idade, com a VOP0 (vacina oral poliomielite) aos 15 meses e aos quatro anos de idade.

O Dia D da Campanha está marcado para 18 de agosto e a meta é vacinar ao menos 95% das crianças dessa faixa etária. A Secretaria de Estado de Saúde vai distribuir as doses da vacina tríplice (que protege contra sarampo, rubéola e caxumba) para os municípios que iniciarão os seus cronogramas de vacinação. Em Mato Grosso do Sul, no ano passado, a cobertura foi de 88%.

Por que é importante vacinar

A realização da campanha é necessária para captar crianças ainda não vacinadas ou que não obtiveram resposta imunológica satisfatória à vacinação, além de minimizar o risco de adoecimento das crianças e reduzir os bolsões de pessoas não vacinadas.

A Campanha também busca evitar que o vírus da poliomielite seja reintroduzido no Brasil, já que o último caso da doença foi registrado no país há quase 30 anos. Em junho, a própria SES alertou para o perigo da doença, devido à notificação de uma criança com a Polio na Venezuela.

Com relação ao sarampo, casos da doença têm sido reportados em várias partes do mundo. Em 2016, a OMS declarou a região das Américas área livre do sarampo, mas o vírus voltou a circular em 11 países das Américas neste ano. A Venezuela é o país com maior incidência da doença, concentrando 85% dos casos. Com a crise financeira e política no país, muitos venezuelanos têm buscado abrigo em países vizinhos, entre eles o Brasil, o que pode ter ajudado a disseminar a doença.

Os alertas colocam em evidência doenças que estavam controladas graças à vacinação em massa. No país, a cobertura vacinal tem diminuído devido a alguns fatores, como a propagação de fake news, o crescimento de grupos anti-vacina e o esquecimento da população sobre as doenças, já que estavam eliminadas.

“Algumas mães são conservadoras, quando os filhos apresentam algum tipo de reação, elas ficam preocupadas. Além disso, existe um trabalho que foi publicado e acabou virando uma fake news. Neste trabalho, ele dizia que em alguns casos a vacinação poderia provocar eventos adversos que seriam irreversíveis e a partir daí as pessoas passaram a acreditar, por isso devemos ter muito cuidado com as notícias”, explica a professora de Enfermagem da Anhanguera e especialista em saúde pública e saúde da criança, Gislei Souza.

A especialista ainda alerta que os pais que deixam de vacinar a criança no período da adequado ou faixa etária adequada podem receber uma notificação na unidade de saúde. “Tem que tomar muito cuidado, pois só o atraso já pode trazer consequências graves para a criança”, diz Souza.