A Câmara Municipal de Campo Grande votou o Plano Diretor nesta terça-feira (18). Ainda em novembro, a Câmara havia analisado o Plano e enviou 156 emendas. Na época, o prefeito Marquinhos Trad (PSD) disse que os vereadores ‘deformaram’ o Plano Diretor. A Prefeitura até tentou vetar 67 das emendas, mas os vereadores derrubaram os vetos e mantém todas as emendas.

Depois de reanalisar o projeto do Plano Diretor de Campo Grande, a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara considerou que 38 emendas deveriam ser mantidas e 29 poderiam ser vetadas por questões técnicas. Mesmo depois da análise da CCJ, os vereadores votaram diferente.

Na votação para manter as 38 emendas, 25 vereadores foram a favor e nenhum deles foi contra. Já na segunda votação, o resultado foi diferente do recomendado pela CCJ, já que de 17 votos a 9, os vereadores escolheram derrubar o veto da Prefeitura e manter todas as emendas no Plano Diretor.

A votação causou confusão e a sessão chegou a ser suspensa pelo presidente da Casa, o vereador João Rocha (PSDB). O presidente acreditava que os vereadores não estavam entendendo que era para derrubar as emendas e não os vetos. A sessão foi suspensa por cinco minutos, mas mesmo assim os parlamentares mantiveram a escolha e derrubaram todos os vetos propostos pela Prefeitura.

O vereador Vinícius Siqueira (DEM), acredita que a Casa de Leis tem bons quadros técnicos e que o projeto da Prefeitura estava cheio de falhas. Segundo ele, os técnicos da Câmara analisaram melhor do que o executivo municipal. Já o vereador André Salineiro (PSDB) defende que as emendas não deveriam ser vetadas porque o legislativo teve um trabalho extenso para analisar o Plano Diretor.

Eduardo Romero (Rede) parabenizou os colegas por manterem as emendas. Ele afirma que as questões técnicas são diferentes das políticas e que todos os gabinetes têm uma excelente equipe técnica, que analisou as propostas e cuja análise não pode ser ignorada. “O meu gabinete ficou até duas horas da manhã analisando estas emendas”, diz.