Dos 79 municípios de Mato Grosso do Sul, 48 sofreram com alagamentos nos últimos quatro anos. As enxurradas ou inundações bruscas ocorreram em 49 cidades do estado, segundo os dados do Munic 2017 (Perfil dos Municípios Brasileiros), divulgados pelo (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quinta-feira (5).

A pesquisa aponta que, dos 5.570 municípios brasileiros, mais da metade (59,4%) não contavam com instrumentos de planejamento e gerenciamento de riscos em 2017. O número de alagamentos no estado corresponde a 60,75% dos municípios, no qual parte da solução apresentada foi a de construção de canais de macrodrenagem, revegetação e revitalização dos rios ou bacias, outra ou nenhuma intervenção.

Quanto às enxurradas ou inundações, que foram registradas em 62% das cidades do estado, parte dos municípios em Mato Grosso do Sul declarou construir canais de macrodrenagens para minimizar os danos causados. No estado, 28 cidades (35%) declararam ter adotado outra ou nenhuma solução.

Segundo os dados divulgados pelo IBGE, a proporção de municípios afetados pelos desastres naturais é mais alta nas áreas urbanas, devido a construção de moradias, rodovias e outras obras que interferem na drenagem da água das chuvas e nos processos erosivos. As secas foram o tipo de desastre que afetou a maior parte dos municípios brasileiros (48,6%), seguido por alagamentos (31%) e enchentes ou enxurradas (27%).

Enchentes em fevereiro

As enchentes foram um problema no estado em fevereiro deste ano ao atingir diversas cidades, como Aquidauana, Bonito, Bodoquena, Bela Vista. O município de Bonito, por exemplo, calculou um estrago de cerca de R$ 8 milhões com as enchentes.

Nesta quinta-feira (5), o Governo do Estado decretou situação de emergência em Corumbá. As cheias foram uma consequência das chuvas intensas no começo do ano e afetaram até 2,5 mil pessoas.