Vereador quer aumentar limite de velocidade no centro de Dourados
Radares na Marcelino Pires multam quem trafega acima de 50 km/h
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Radares na Marcelino Pires multam quem trafega acima de 50 km/h
Aliado na prefeita Délia Razuk (PR) na Câmara de Dourados, distante 228 quilômetros de Campo Grande, o vereador Romualdo Ramim (PDT) quer aumentar o limite de velocidade na Avenida Marcelino Pires, que corta de Leste a Oeste a segunda maior cidade de Mato Grosso do Sul. Atualmente, radares instalados em três semáforos dessa movimentada via captam infrações para quem trafega acima de 50 quilômetros por hora.
Na primeira sessão ordinária do Legislativo, realizada na segunda-feira (6), o parlamentar informou ter encaminhado à Agetran (Agência Municipal de Transportes e Trânsito) uma indicação para que eleve a 60 quilômetros por hora a velocidade máxima permitida na principal avenida da cidade.
“A velocidade mais baixa reduz o potencial de acidentes dentro dos bairros, mas nas vias rápidas, não faz sentido. Não houve campanha educativa sobre a redução da velocidade. Segundo a federação das seguradoras, a maior causa de acidentes é dirigir falando ao celular, no entanto, isso não foi alvo de nenhuma campanha educativa com a população. A única forma de educação foi a multa. Ainda, segundo dados do Detran, a maioria dos acidentes de trânsito no município são com motociclistas e pedestres”, justificou Ramim.
Essa limitação em 50 quilômetros por hora passou a vigorar, formalmente, entre os dias 21 e 22 de dezembro de 2016, quando foram ativados os radares em semáforos localizados na Avenida Marcelino Pires – cruzamento com a Presidente Vargas, esquina da Praça Antônio João – e entre a Rua Hayel Bon Faker e a Rua José de Alencar.
Na época, o então diretor-presidente da Agetran, engenheiro civil Ahmad Hassan Gebara, Mito, explicou que os aparelhos detectam três tipos de infrações de trânsito: avanço do sinal vermelho, parada sobre a faixa de pedestres e excesso de velocidade (acima de 50 quilômetros por hora).
De acordo com a Agência, trafegar acima de 50 quilômetros por hora no centro da cidade poderá gerar multas de R$ 130,16 a R$ 880,41, conforme previsão contida na Lei nº 13.281, que fez alterações no CTB (Código de Trânsito Brasileiro).
Pela legislação, ultrapassar em até 20% a velocidade máxima permitida para via constitui infração média, com multa prevista de R$ 130,16 e perda de 4 pontos na CNH (Carteira Nacional de Habilitação). Se o excesso for de 20% a 50%, o valor salta para R$ R$ 195,23 (infração grave, 5 pontos perdidos). E superados os 50% do limite, a punição prevê multa de R$ 880,41, perda de 7 pontos e suspensão temporária do direito de dirigir.
Para Ramin, essa imposição é “positiva por um lado, mas com a mudança de hábito forçada e falta de uma campanha de esclarecimento mais ostensiva, fez a população considerar a medida como uma tentativa de arrecadar recursos por meio de uma ‘indústria da multa’”.
“Com a sinalização reforçada e com a educação para o trânsito o limite de velocidade de 60 quilômetros por hora desafogará mais a circulação nesta principal via da nossa cidade, que em certos trechos já contam com pequenos congestionamentos ocasionando até o bloqueio de alguns cruzamentos, o que necessita de medidas emergenciais de melhoria na engenharia do tráfego”, ponderou o parlamentar.
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