Trabalhadores paralisaram atividades
Vice-presidente Sinergia-MS (Sindicato dos Trabalhadores na indústria e Comércio de Energia no Estado de Mato Grosso do Sul), Elvio Vargas, rebateu o posicionamento do governador do Estado reinaldo azambuja (PSDB), que nesta terça-feira (3) criticou a paralisação realizada por funcionários da MSGás (Companhia de Gás do Estado de Mato Grosso do Sul).
Vargas afirmou que a paralisação ocorre em alusão ao Dia de Luta pela Soberania Nacional e declarou que os funcionários da empresa estão defendendo a economia do Estado.
“Quando somos contra a privatização não estamos pensando somente no trabalhador, mas defendendo e empresa que fomenta a economia do Estado. Quando privatiza muda-se o foco, encarece os serviços e diminui a qualidade”, observou.
Nesta manhã, o governador disse que não há nenhuma decisão sobre a privatização da MSGás e afirmou que a empresa não é patrimônio do funcionários.
“O que existe é um estudo e é corporativismo defender seu feudo como se aquilo fosse patrimônio do funcionário. Quem tem que definir o que vai ser feito é o Estado para ver se é importante melhorar ou ampliar a oferta de distribuição de gás, ou quanto vale a empresa”, declarou.
Tiago Andreotti, advogado da MSGás também comentou o assunto. “Como o governador falou, é uma possibilidade real que [a privatização[ aconteça. A MSGás é o patrimônio do Estado”, frisou.
A empresa sul-mato-grossense responsável pela distribuição de gás está presente em Campo Grande, Corumbá e Três Lagoas. A MSGás conta com 74 funcionários, sendo 67 concursados.
Representantes dos trabalhadores participam de uma ação na Assembleia Legislativa e afirmam que nos últimos dois anos o aumento do lucro líquido foi de 154%. Conforme relatório anual, o lucro líquido da Companhia foi de R$ 12,9 milhões em 2016. Foi o 3º melhor resultado da Companhia desde sua criação em 1998.
O edital para contratação de serviços relativos à estruturação e implementação da desestatização da MSGás foi publicado pelo BNDS (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) no dia 25 de julho.
Trabalhadores da Eletrosul, companhia do governo federal que também está na lista de privatizações, participam do movimento e também vão interromper as atividades.
Uma grande mobilização será realizada no Rio de Janeiro (RJ) em frente as empresas públicas como Eletrobras e Petrobras, que podem ser privatizadas, segundo a categoria.