Ruas continuam cheias de buracos
A alegria dos motoristas durou pouco. Com o tempo chuvoso, o famoso ziguezague de carros que o campo-grandense se habitou a fazer para não cair nos buracos voltou. A operação Tapa-buraco em Campo Grande foi retomada pelo prefeito Marcos Trad no segundo dia do ano, mas passados 40 dias a paisagem da Capital é a mesma: Repleta de buracos, inclusive nos locais que já receberam o serviço da atual gestão.
O fracasso do Tapa-Buraco pode ser constatado na avenida João Arinos, na saída de Três Lagoas, onde a colcha de retalhos cedeu e as ‘panelas’ voltaram a aparecer – a última obra foi feita há exatamente um mês. O Jornal Midiamax percorreu a avenida que recebeu a operação no mês passado e constatou que parte da via continua esburacada, sobretudo no cruzamento com a rua Butiá.
À época em que a operação foi retomada, o secretário de Infraestrutura, Rudi Fiorise, afirmou que a técnica de execução garantiria maior durabilidade do serviço, ao invés de simplesmente jogar massa asfáltica, seria refeita a base, recolocado e impermeabilizado o pavimento. Mas nem a mudança da técnica deu jeito no problema que assombra a cidade há anos. A durabilidade do tapa-buraco, pelo menos nesta avenida, é menor do que o previsto.
A garantia do serviço é de um ano, e de acordo com o secretario de obras, será exigido que o trabalho seja refeito com custo zero. A empreiteira responsável pela manutenção da via citada foi a Pavitec. “Tivemos poucos casos de buracos reabertos, não tem sido comum”, comentou.
Segundo a prefeitura, os gastos no primeiro mês de operação ficaram em torno de R$ 3,5 milhões, sendo R$ 1,8 milhão com a compra do material asfáltico – adquirido da Usina -, e R$ 1,7 milhão pago pelo serviço prestado pelas empresas. Por dia 950 buracos são cobertos com massa asfáltica. Para o município, a falta de sucesso com a operação é consequência do clima chuvoso, que estaria atrapalhado o andamento do serviço.
A prefeitura garante ter tapado mais de 25 mil buracos desde que a operação teve início neste ano.
