Incorporação total de abono ao salário está entre as reivindicações

Após duas manifestações dos servidores da referência 14, que são os funcionários com nível superior, a prefeitura não aceitou todos os pedidos da categoria. De acordo com o Sisem (Sindicato dos Servidores e Funcionários Municipais de Campo Grande), a proposta do município é o fracionamento do abono sem a redução da carga horária.

De acordo com o presidente do Sisem, Marcos Tabosa, que participou da reunião com o prefeito Marquinhos Trad (PSD) na manhã desta quarta-feira (19), está havendo alguns impasses nas negociações. “A prefeitura quer dar o abono fracionado, mas não quer dar as 30 horas semanais”, explicou.

A redução de 40 horas semanais para 30 horas está entre os pedidos dos servidores. É reivindicado ainda a incorporação total do abono de R$ 700 ao salário, a retirada da categoria da base de cálculo de outras funções e a criação de uma nova categoria, a 14B, para os funcionários.

O presidente do Sisem explicou que as demais solicitações devem ser atendidas, mas que a prefeitura não quer ceder sobre as horas de trabalho e propôs o fracionamento do abono. “Não são todos porque os fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais já fazem 30 horas. Os enfermeiros passaram a ter direito as 30 horas e é isso que estamos pedindo, é para quem falta. O que nós queremos é isonomia”, disse Tabosa.

Reunião termina sem consenso entre prefeitura e servidores municipais

Conforme o presidente do Sisem, a possibilidade de greve está descartada. “Haverá mobilizações constantes como a de hoje”, disse. De acordo com o sindicato, são 816 funcionários com nível superior e sem contar com os enfermeiros, que já tiveram as pautas atendidas. No total, a categoria é formada por 34 funções. 

 

Manifestações
Na manhã desta quarta-feira, os cerca de 100 servidores municipais se reuniram em frente da prefeitura para fazer as reivindicações.

Na ocasião, o prefeito informou que não é possível fazer a incorporação total do abono solicitado. “Ele [Marcos Tabosa] vem pelo menos uma vez por semana. Solta fogos com o carro de som. A mim, não abala nada. Não vai modificar os números. Essa coisa de fazer barulho, não vai mudar tecnicamente as contas”, afirmou. Também houve manifestação da categoria na última sexta-feira (14).