Vários municípios estão representados 

Cerca de 15 professores se mobilizaram da cidade de Cassilândia, distante 437 quilômetros de Campo Grande, até a Capital nesta sexta-feira (28), para participarem do protesto contra as reformas da previdência e trabalhista, proposta pelo presidente da República, Michel Temer, do PMDB.

Os manifestantes estão reunidos na Praça Ary Coelho e devem caminhar pelas ruas de Campo Grande. O intuito nesta data é de greve geral na cidade, assim como está ocorrendo em boa parte do pais.

A nossa reportagem está no local e conversou com duas professoras que vieram de Cassilândia. Elas deixaram claro serem totalmente contra as reformas propostas.

“Em sala de aula, estamos fazendo todo o trabalho de conscientização com aos alunos, pois eles, que são jovens, serão os mais prejudicados. Explicamos a eles como tudo está ocorrendo, quais as mudanças e principalmente que não discutam com quem é a favor das reformas, mas que não deixem de expor suas opiniões”, disse a professora Sandra Ferreira, 46 anos.

Magna Nogueira, 51 anos, professora aposentada, disse que mesmo não atuando em sala de aula, está ajudando nas explanações sobre os temas junto à população.

“Eu recentemente, dei entrevista em uma rádio local e expliquei toda a história do país desde a escravidão e de como foi difícil ter os direitos que os trabalhadores têm hoje. Agora esses políticos querem acabar com tudo, não é justo e a aposentadoria deles vai continuar da mesma forma. Temos que lutar e protestar”.

Magna faz parte da Comissão e Ética do Simted (Sindicato Municipal dos Trabalhadores de Educação). Eles que mobilizaram a van para os professores virem para Campo Grande, com o apoio da UEMS (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul).

Segundo informações no local, também vieram professores de Dourados, Tacuru e Coxim. Os manifestantes ainda colocam uma faixa com as fotos dos oito deputados federais do Estado com uma frase “Deputados não acabem com nosso direitos”.

Foto: Cleber Gellio/Midiamax