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Cotidiano

Professora narra horas de angústia na rodovia onde explodiram carro forte

A polícia só liberou a estrada por volta das 18h por causa da dinamite espalhada na via.
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A polícia só liberou a estrada por volta das 18h por causa da dinamite espalhada na via.

O assalto ao carro forte aconteceu às 10h da manhã de ontem, mas quem passava pela Rodovia MS 156 teve que esperar até às 18h para poder seguir viagem. Por causa de resquícios da dinamite usada para explodir o carro forte, a polícia não permitiu a passagem de nenhum carro pelo local.

Horas de angústia foram vividas por caminhoneiros, mulheres com crianças, idosos e passageiros de ônibus. A professora Suzana Arakaki da (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul) mora em e semanalmente faz o percurso até Amambaí para trabalhar.

De forma de bom humorada ela escreveu um texto em sua página no Facebook onde narra com maestria as aventuras e desventuras durante as quase oito horas que foi obrigada a ficar esperando até seguir viagem para Amambai.

Ela começa a sua narrativa agradecendo: “Deus é bom, a felicidade existe e as tempestades perfeitas também!”. Suzana prossegue afirmando: “Isso é o que restou do carro forte assaltado e explodido hoje na MS 156, no Km 22, rodovia por onde passo duas vezes por semana, às vezes quatro. Eu que saí de casa às 12h não sabia desse assalto ocorrido entre 9h30 e 10h da manhã. Rendição, explosão, reféns obrigados a recolher o dinheiro espalhado. Uma loucura me contou o Luciano Melancia. Eis que quando chego às 14h nesse ponto está tudo parado porque ainda havia uma banana de dinamite na pista. Nenhum carro passava, aliás, vi uma ambulância passar. Lá pelas 16 deu fome e eu consegui achar um pé de moça, um pé de moleque que só tem Comida Caseira e sempre acaba antes de eu comprar”.

A professora continua contando que na “semana passada chegou e eu comprei logo quatro, comi três e escondi um de mim. Doce dá sede e não tinha garrafinha de água no carro, isso nunca me aconteceu antes… Dei meia volta e parei no bar do Melancia a alguns km dali, na verdade, descobri hoje, que o bar do Melancia é o bar do Luciano. É um boteco de beira de estrada, que nem nos filmes, depois da ponte do rio Amambai. Um bar frequentado por mocinhos e bandidos. Por isso nunca parei ali nesses 12 anos de MS 156. Tomei minha água e lembrei que precisava avisar que estava presa na rodovia, e não tinha sinal de celular no km 22. Pois o Luciano me emprestou o telefone dele e eu consegui avisar no trabalho que chegaria atrasada, só não imaginava que seria tanto. Lembra da banana de dinamite? só foi detonada às 17h43minh e o trânsito liberado às 18h… Lembra do bar do Melancia? então, água eu comprei, mas banheiro nem pensar, daí lembrei que bexiga de professora tem cinco litros de capacidade armazenativa e aguentei firme. Chego no trabalho e fico sabendo que uma colega professora foi feita refém… uauau, conforta saber que não houve feridos nem mortes”.

Arakaki afirma em seu texto que “a bandidalha fugiu por entre as fazendas, vamos esperar que a tempestade não seja tão perfeita assim e eles sejam presos… se bem que um caminhão guincho chegou no Melancia, digo, Luciano para saber onde ficava uma fazenda em que uma viatura policial avariou”
Ela prossegue afirmando que “enquanto esperava sentada no bar do Luciano Melancia, usando a garrafinha de água para matar os pernilongos que me atacava sem dó, eu lembrava que a Ilsyane Kmitta me chamou para ir por …deu uma vontade danada de pedir uma pinga com jurubeba do Luciano Melancia, achei que devia ser muito boa porque todos, pessoas das fazendas vizinhas que chegavam lá, pediam…Bom, descobri que o Luciano Melancia é do bem, ele não tem culpa de o bar dele ser estratégico para mocinhos e bandidos, além da pinga boa ainda tem o rolo de fumo, cujo pedaço custa quatro reais. A garrafinha d’água custa dois reais e a dose de pinga custa…ah esqueci, mas deve valer o preço”.
“E ainda vi dois papagaios verdadeiros e ele me disse que o local tem tucanos, vem no pomar ali perto do “banheiro” lá fora…acho que virei freguesa do Melancia…”, finaliza a crônica a professora da UEMS.

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