Mudança não tem data para ocorrer

A saúde pública operada em é recorrente alvo de queixas, tantos dos pacientes, cansados do atendimento ruim, quanto dos profissionais, que reclamam da estrutura precária. O impasse pode ter fim, segundo o prefeito Marquinhos Trad (PSD), com a centralização dos atendimentos de emergência somente nas UPAS (Unidades de Pronto Atendimento), aposta que implicaria no fechamento dos chamados CRS (Centros Regionais de Saúde).

Para Marquinhos, uma das apostas é compactar as UPAS, extinguir as CRS – que custam em torno de R$ 1,5 milhão mensalmente -, e ampliar os serviços básicos, que atualmente registram poucas vagas e tempos longos de espera. Mas, no entanto, o chefe do executivo não estabeleceu prazos para a planejada reestruturação. “Temos que fazer atenção básica, mas enquanto não há, temos que fortalecer essas Upas. Tem que ter paciência, é questão de planejamento, e estava tudo arrasado, vocês entraram comigo e viram”.

Usando da lógica ‘quantidade nem sempre é qualidade', o prefeito chamou de “irresponsável” a série inaugurações das unidades; a última foi aberta em julho do ano passado, e lembrou que cidades com o dobro de habitantes do município trabalham como menos postos de emergência e com atenção redobrada para os ambulatórios. À exemplo de Curitiba, que tem 1,8 milhão de habitantes e possui somente 4 UPAs, enquanto Campo Grande tem dez portas de entradas de emergência. 

“Trouxeram expectativa de serem atendidos e hoje a resolutividade é muito baixa nos CRSs e algumas Upas”, criticou. E propôs: “Ou aperfeiçoamos o sistema, que vai custar muito, ou a gente centraliza em 4 Upas que atendem 70% da população”. 

Para o prefeito, o acumulo de unidades de emergência e que funcionam 24 horas, embora tenham a finalidade de esvaziar o gargalo dos hospitais, implicou no enfraquecimento do atendimento ambulatoriais, conhecidas como a “porta de entrada” dos usuários nos sistemas de saúde. Ou seja, é o atendimento inicial.