Objetivo é finalizar moradias da Cidade de Deus
A prefeitura de Campo Grande está na fase de finalização de documentos para firmar convênio com o Governo do Estado e terminar as casas dos moradores da Cidade de Deus. A informação foi dada pelo diretor-presidente da Emha (Agência Municipal de Habitação), Enéas Netto. Segundo ele, está sendo feito um levantamento em todas as moradias para definir o valor do convenio.
São 326 casas, distribuídas em quatro áreas já designadas na Capital, para onde foram realocados as famílias: José Teruel Filho I e II, Bom Retiro, Canguru e Vespasiano Martins. De acordo com o diretor, somente neste último local as 42 moradias estão prontas, faltando apenas terminar a parte elétrica e hidráulica.
“Estamos na fase de finalização documental para firmar o convênio com o Estado. Eles vão disponibilizar os recursos para que nós possamos comprar os materiais. Ao mesmo tempo, está sendo feito um levantamento quantitativo individualizado para cada unidade habitacional, do que falta para concluir as unidades”, disse Netto.
O diretor explicou que o valor do convênio só será definido após este levantamento. “Tem casas que ainda não foram construídas e tem outras que só faltam parte de elétrica e hidráulica, assim como alguams estão na metade da construção e outras faltando a cobertura”.
Questionado sobre prazo, Enéas disse ser difícil estipular agora, mas deve sair em breve. “O prazo para construção é complexo de darmos agora por que estamos nesse levantamento e finalizando a parte documental para o convênio. Após isso será possível mensurar um prazo”.
Quanto a mao de obra, a intenção é que os próprios moradores façam. “Conversamos com todos eles e a proposta é no regime de alta construção e em paralelo a isso estamos conversando com a Funsat para dispor de serventes com o intuito de ajudar os moradores, pois tem idosos, cadeirantes, mulheres solteiras e grávidas, que ficam impossibilitadas de ajudar”.
Ao ser questionado sobre a empresa Morhar, o diretor-presidente disse que a prefeitura vai encaminhar o processo para a Procuradoria Jurídica do Município para que seja averiguem e façam um levantamento quanto aquele processo.
“Eles não estão mais atuando. Na verdade a contratação que era feita por eles de pedreiros, por exemplo, não estava preconizado como objeto do convênio com a Prefeitura. Er só para eles darem o material e ajudar a organizar o regime de mutirão e os mesmos alegam que não funcionou”, relatou Enéas.
Como forma paleativa, o diretor relatou que a prefeitura fez na área do José Teruel, por conta da chuva um rebaixamento da rua principal, o cascalhamento e aterro para que não houvesse mais o problema da agua invadir os barracos. “É uma medida até que a gente consiga finalizar o convênio”.
Governo
No mês de janeiro, o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) havia comentado a ideia deste convênio, mas também não tinha valor definido. “A Maria do Carmo [Maria do Carmo Lopez-Secretária de Estado de Habitação] já esteve no local com o presidente da Emha [Agência Municipal de Habitação-Eneas de Carvalho]”, disse na ocasião.
“Governo do estado vai aportar recurso ou para compra de material ou para custear parte da mão de obra e vamos fazer uma finalização daquelas casas do pessoal que saíram da Cidade de Deus e dar dignidade e uma moradia com seguirança”, enfatizou Azambuja no dia 19 de janeiro último.
As famílias da Cidade de Deus foram removidas em março de 2016 e espalhadas em quatro outros locais, sendo no Vespasiano Martins, Pedro Teruel, Jardim Canguru e o Bom Retiro. Atualmente as famílias, em alguns desses locais chegaram a iniciar as casas de alvenaria, mas sem concluir. Apenas no Vespasiano algumas famílias estão nas residências, mas sem a conclusão esperada. Enquanto isso as demais continuam vivendo em barracos.
Outros projetos
Além deste trabalho com os moradores da Cidade de Deus, o diretor, disse que ao menos menos 680 moradias sociais já estão com o processo pré-aprovado na CEF (Caixa Econômica Federal) e a prefeitura busca parceria com a Agehab (Agência Estadual de Habitação).
De acordo com Enéas, as moradias serão na região do Anhanduizinho e ele ainda afirmou que estão conversado com Paulo Antunes, gerente nacional de habitação, do Ministério das Cidades, com o intuito de viabilizar mais projetos para a cidade.
Foto: Cleber Gellio/Midiamax