Portões fecharam ao meio-dia
Os portões dos locais em que as provas do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) serão aplicadas só abriram com uma hora de antecedência, mas o medo de perder o horário, cumprido rigorosamente pela organização, fez com que candidatos antecipassem a chegada em mais de três horas.
Como é o caso do estudante Alexandre Sarate Moreira, 19 anos, pela primeira vez passando pelo ‘sufoco’ de tentar uma vaga em curso superior. O escolhido por ele? Educação física. Mas a esperança não está muito longa, segundo o próprio rapaz explica. “Estudei só com uma semana de antecedência, mas estou tranquilo”.
Porém, tranquilidade não é uma palavra comum no dicionário de quem está prestes a testar seus conhecimentos e concorrendo com mais de 6 milhões de pessoas. Quando o coração está dividido entre se preocupar com a própria prova e também com a da filha, a situação fica mais tensa ainda.
Embora já seja professora de artes, Alexandra Marques, 43, está focada em ingressar no curso de direito. Até aí, tudo bem, já que ela contou ler bastante e ter estudado por seis meses. O nó na garganta vem mesmo quando se lembra que sua filha, Isadora Marques, 17 anos, também está nessa.
“Não estou nervosa, fico mais ansiosa por ela”, disse. Mas se depender da experiência a estudante, que conclui o ensino médio neste ano, vai tirar de letra. Esta é a 4ª vez que encara o Enem. As provas anteriores foram para ‘treinar’. O número quase se iguala ao de Ana Laura Carvalho, 24 anos, universitária de física, que faz o exame pela 5ª vez.
Ela já está na esfera acadêmica. Termina o curso na UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) em um ano e quer seguir no mundo dos números e cursar matemática. “Estou ansiosa, bastante nervosa, porque almejo outra faculdade”, contou. Como estuda em período integral, pretende usar a nota do Enem para ingressar na rede particular de ensino à noite.
